segunda-feira, 16 de abril de 2012


            Temos investido muito na elaboração das pautas dos coordenadores. Este ano buscamos oferecer subsídios que não percam de vista os conteúdos discutidos na formação com eles, porém direcionamos de maneira que suas pautas se tornem mais autônomas. E percebemos resultados dessa ação nossa que são pautas que perseguem o mesmo conteúdo com diferentes propostas. Vale ressaltar que estamos discutindo dois conteúdos este ano:
ü  Leitura e Escrita pelo aluno – Coordenadores de 1º e 2º ano.
ü  Produção de Texto – Coordenadores de 3º ao 5º ano



PAUTA ELABORADA PELA COORDENADORA REJANE – ESCOLA VENÂNCIO

Pauta do 1° Encontro de Formação Continuada
Programa Além das Letras
Conteúdo: Produção de texto.


Dia do encontro:  13 de Abril de 2012. (sexta-feira)
Formadora: Rejane F. dos Santos
Duração: 4 horas
Público alvo: Professoras de 3º ao 5º ano



OBJETIVO
o   Relembrar dos comportamentos leitores discutido em 2011 por meio do conteúdo leitura feita pelo professor de modo reafirmar sua importância para formação de alunos leitores.
o   Refletir sobre em que avançamos e que ainda é preciso investir sobre o conteúdo leitura feita pelo professor.
o   Fomentar as discussões sobre as práticas mais comuns nas produções de textos desenvolvidas pelos professores, bem como refletir como os alunos estão sendo convidados aprender.
o   Falar sobre a organização do programa na escola.

CONTEÚDO

ü Condições didáticas necessárias para produção de textos;
Abertura – (15 min)
1.     Desejar a todas boas vindas.
2.     Socializar a pauta.

3.     Leitura em voz alta: fábula de Monteiro Lobato O cavalo e o burro. Escolhi este autor devido a sua imensa contribuição literária para o País, deixando um tesouro editorial e didático, foi um nacionalista que sempre sonhou com um Brasil justo e alfabetizado.  Monteiro Lobato nasceu em 18 de abril de 1882 e foi o criador da literatura infantil no Brasil. Autor de inesquecíveis histórias infantis, entre elas O Sítio do Pica-pau Amarelo, cujos personagens Dona Benta, Visconde de Sabugosa, Pedrinho, Narizinho e Emília, marcaram a história da literatura infantil.

4.     Agenda cultural – Abrir espaço para indicação literária, filmes, eventos culturais...


DESENVOLVIMENTO

1ª PROPOSTA –(1h) Retomada do conteúdo discutido o ano passado leitura feita pelo professor

O objetivo para este momento é fazer uma retomada do conteúdo leitura feita professor discutido o ano passado, mas precisamente retomar aos comportamentos leitores. Ainda buscar uma reflexão sobre os  avanços e os problemas que precisam de investimento. Também favorecer a reflexão sobre a ressignificação das situações de aprendizagens quanto ao propósito da leitura em voz alta que não trata-se de uma ação para jogo de perguntas e repostas, principalmente depois da leitura que é onde observo a maior problemática dos professores. Foco sobre a importância de: Organizar espaço e tempo. Escolher de boas obras literárias. Garantir os comportamentos leitores assim os alunos os terão como modelo...



  1. Esta retomada acontecerá por meio do preenchimento de um quadro em que as professoras terão que responder:  O que fazer antes, durante e depois da leitura em voz alta. (quadro anexo 1) Esta primeira atividade contribuirá para as professoras relembrarem um pouco do conteúdo discutido,  principalmente no comportamento leitor. O que também oportunizará  saber o que aprenderam e o que eu preciso investir quanto formadora para que eles melhorem nessa prática de leitura em voz alta. Não farei intervenções, pois só quero  levantar os conhecimentos dos professores a respeito do comportamento leitor como acomodaram esses conhecimentos ao longo do ano.
2.     Socializar as respostas e montar um quadro coletivo em um cartaz dos comportamentos apresentados pelos professores.
3.     Convidar para leitura do texto Antes, durante e depois da leitura em voz alta, revista Avisa Lá nº 44. Socializar suas compreensões o que não havia colocado no quadro e poderá acrescentar. Questão: Depois da leitura do texto “Antes, durante e depois da leitura em voz alta, o que os comportamentos leitores desenvolvidos pelos professores apontados nesta formação contribuirá para a formação de leitores? Espera um discussão em torno que seu comportamento é importante para formar leitores, a ajuda oferecida pelo professor consiste em propor estratégias das quais os alunos se apropriarão progressivamente.  No momento da conversa foi fazendo algumas pontuações necessárias, principalmente que não existe uma única maneira de desenvolver esses comportamentos leitores, e que nem esses apresentados no encontro deva aparecer de uma única vez, se não a situação será mais superficial.
4.     Possíveis respostas das professoras

Antes
Durante
Depois
Explicita os motivos da escolha;
Lê o título e explora a imagem;
Pergunta se conhecem a história;
Lê a capa e contra-capa;
Antecipar sobre o que trata o texto;
Lê com entonação, ritmo e emoção na integra e sem interrupção;
Envolver-se na leitura;
Questionar se todos gostaram;
Cada ouvinte fala sobre suas impressões
Relê trechos e passa o livro para que todos olhem;
Questionar sobre as partes que mais gostaram;




2ª PROPOSTA(2h) Condições didáticas necessárias para produção texto
  1. Conhecimentos prévios a partir da questão:
ü  Quais são as propostas de produções de textos mais comuns que você professor tem desenvolvido junto aos alunos? Porque considera importante trabalhar esse tipo de produção de texto? Pretende-se saber quais as práticas de produção de textos  realizadas na escola e torna-la como objeto de reflexão a fim de reconceitualizá-la.
Possíveis respostas das professoras:
Pelo meu acompanhamento as produção serão a partir de: um tema, produção  histórias em quadrinhos, cenários, gravuras sequenciadas. Consideram importante porque é uma atividade lúdica.
Análise sobre as propostas mais comum nas produções de textos– 1h
1.Formar duplas para análise de propostas de produções de textos, que será conforme apresenta o quadro abaixo:

1º momento
 Para todas as  duplas de professoras
Escrever uma carta a um amigo (Atividade 1)
2º momento cada dupla ficará com uma atividade para fazer
Dupla 1
Escrever um texto a partir de uma figura (Atividade 2)
Dupla 2
Escrever um texto a partir de gravuras sequenciadas (atividade 3)
Dupla 3
Escrever um texto a partir de um título;- Minha brincadeira preferida.

Atividade 1 –  todas as duplas  - Solicitar formação de duplas para escrever  uma carta a um amigo que está fora do país contando as novidades pessoais e os últimos acontecimentos no Brasil. Depois pedir que leiam.
Atividade 2 – duplas 01  - Solicitar  que as professoras em  duplas produzam texto a partir de uma gravura. Escreva uma história a partir da figura abaixo:
Atividade 3 – duplas 02 Solicitar  que as professoras em  duplas  produzam texto a partir de uma história sequenciada.
Atividade 4 – duplas 03 Solicitar  que as professoras em  duplas  produzam texto a partir de um título já sugerido pela formadora. Minha brincadeira preferida.
Nessa proposta de produção  o professor não oferece nenhum tipo de apoio ao aluno pois é tido como obvio que o aluno saberá  discorrer um texto sobre o tema proposto baseado somente na informação do título. Esse tipo de produção é sempre improvisada sem planejamento da atividade, vou buscar essa reflexão porque é assim que percebe ainda mais quando falta alguns minutos para bater o sino muito pedem produção assim para ocupar o tempo que resta da aula.
2.Momento para socialização oral  das experiências de produção de texto.
intervalo (15 min)
Lista de checagem das condições didáticas que foram oferecidas para a produção de texto:

Análise das duas propostas de  produção de texto
Produção da carta
SIM ou NÃO.
Por quê?

Produção : tema,gravura,
sequencia.
SIM ou NÃO.Por que?

Há um propósito claro para a escrita


Há destinatário (leitor presumido) para o texto produzido


Foi previsto suporte para a escrita do texto


Houve preocupação em alimentar “ os alunos” para a produção escrita


Os autores foram informados sobre o gênero a ser escrito


Houve preocupação da professora em apresentar o gênero aos alunos


Houve planejamento do texto juntamente com os alunos


Foram realizadas atividades de revisão e reformulação do texto produzido



A intenção desse quadro é só mostrar o propósito que teve cada atividade. Deixando claro quanto é importante oferecer condições didáticas de produção de texto para que os alunos possam produzir texto.
Depois propor as questões para reflexão:
a)     Qual foi a minha intenção como formadora ao propor essa situação?
Levar às professoras a reflexão sobre as reais situações e condições que são oferecidas aos alunos para produzirem um texto. Se sentiram dificuldade na proposta 2, assim é com os alunos suas escritas demonstram as condições que foram oferecidas pelo professor. Só escreve bem quando sei o que vou escrever? Quando compreendo as características do gênero textual
b)     O que o você professor precisa garantir aos alunos para propor uma situação de produção de texto?
Condições didáticas para a produção de texto que são: definir o gênero, explorar o assunto, conceitualizar as características do gênero, explicar a função social da escrita Ao solicitar a produção de textos, o professor precisa definir junto com o aluno o que escrever (qual gênero), para quê (com que função comunicativa) e para quem (para quais destinatários).

c)Considerando que essa é uma proposta comum de produção de texto nas escolas. Como as crianças estão aprendendo a escrever ? Os alunos estão produzindo texto de maneira escolarizada somente com intenção avaliativa, para ser corrigido,  para a leitura da professora sem nenhum significado social.


AVALIAÇÃO: (15 min)
Quais aprendizagens em relação a produção de texto foram evidenciadas neste encontro?

TAREFA  - (15 min)
Fazer um planejamento de produção de texto considerando as condições didáticas que discutimos hoje,usando como apoio a ‘lista de checagem’. Para socialização no próximo encontro,(trazer o planejamento, e duas produções dos alunos)

segunda-feira, 9 de abril de 2012

 PAUTA ELABORA PELA COORDENADORA ELIANE TEIXEIRA


PROGRAMA DE FORMAÇÃO ALÉM DAS LETRAS
Leitura e escrita pelo aluno
1ª PAUTA – 2012



Escola Ireno Antônio Berticelli
Data:
Formadoras: Eliane de Araújo Teixeira e Judite Brasilina Público alvo: professores de 1 º e 2 º Ano


Objetivo do encontro

Ø  Retomar as discussões sobre o conteúdo leitura e escrita pelo aluno discutido no ano de 2011 de modo a pontuar conquistas evidenciadas e dificuldades que ainda permanecem no grupo.
Ø  Tematizar a prática de uma professora da escola realizando um diagnóstico de hipótese de escrita de modo a observar quais pontos relevantes na sua ação e quais investirem.
Ø  Apresentar o calendário das formações de modo a falar sobre a organização da formação do Programa Além das Letras na escola bem como fazer alguns combinados quanto ao desenvolvimento das formações dentro da escola.


Conteúdo do encontro

Leitura e escrita pelo aluno

Encaminhamentos

Ø  Pedir autorização da professora para exibir o vídeo dela na formação.
Ø  Estudar a pauta e os demais materiais que fará parte dessas discussões para aprofundar os conhecimentos.
Ø  Imprimir os materiais para a formação.
Ø  Pedir para que as professoras levem para a formação um registro das aprendizagens evidenciadas no ano anterior sobre o conteúdo leitura e escrita pelo aluno.


Abertura (30min)

1.     Compartilhar a pauta.
2.     Leitura em voz alta feita pela coordenadora Eliane Fazer à leitura da crônica de Clarisse Lispector A descoberta do mundo. Antes de a leitura apresentar o gênero falar um pouco da autora, depois deixar que o grupo comente sobre o texto.
3.     Agenda cultural. Indicar livros revistas, blogs, filmes e eventos culturais.
Dicas da formadora.
Ø  Revista nova escola alfabetização, mês de abril, já nas bancas.
Ø  Livro. NICOLAU, José Gregori Filho. Literatura Infantil múltiplas linguagens na formação de leitores. São Paulo, Editora Melhoramentos 2009
Ø  NASPOLINI, Ana Tereza; Tijolo por Tijolo. Prática de Ensino de Língua Portuguesa; São Paulo 2009.

Proposta 1 (1h 30 min) - Retomada do encontro anterior
Pretendemos nesse momento retomar o conteúdo refletido o ano passado. Quanto aos avanços parte os professores já apresentam na sua prática melhorias já outra parte ainda precisamos voltar um pouco o conteúdo algo que faremos no momento de estudos, encontros e planejamentos. Abaixo um pouco do que esperamos na conversa.

1.     Solicitar que em dupla as professoras preencham o quadro abaixo.
Questão: Pensando no conteúdo leitura e escrita pelo aluno discutido o ano passado quais são os avanços e dificuldades que ainda permanecem?


AVANÇOS DA FORMAÇÃO


DIFICULDADES QUE AINDAPERMANECEM?


Ø  Aprendemos sobre a importância do planejamento do diagnostico par sua realização.
Ø   Escolha do grupo semântico com palavras polissílabas, trissílabas, dissílabas e monossílabas. Não conter palavras ambíguas
Ø  Iniciar ditando do maior para o menor, fazer intervenções planejadas solicitando a leitura deixar que o aluno marque com o dedo.


Ø  Planejar projetos e sequência didática em que as atividades atendam todos os alunos em diferentes hipóteses.
Ø  Agrupar os alunos de modo que possa haver trocas de conhecimentos.
Ø  Escolha de outros grupos semânticos, pois ainda permanece somente o de frutas e de animais. Também há professores que começam a lista de palavras com um grupo semântico e nas ultimas palavras escolhem umas que não pertencem ao grupo semântico supostamente determinado.
Ø  Colocar em prática o conhecimento teórico.
Ø  Estudos e pesquisas, fazer leitura de textos e livros teóricos como suporte a prática.


Ø  Fazer a socialização com o grupo e sistematizar a importância do planejamento desse diagnóstico (grupo semântico, ordem das palavras) e de fazer as intervenções solicitando a leitura após a escrita de cada palavra para saber o que o aluno sabe e o que ele  precisa saber sobre o sistema de escrita. Após fazer a socialização sobre os desafios que permanecem pontuar a importância do professor está conhecendo a psicogênese da língua escrita, pois o suporte teórico auxilia o professor no momento realização do diagnóstico, escolher atividades adequadas e fazer os agrupamentos produtivos em sala. Ainda durante a socialização perguntar se há algo mais a acrescentar no quadro e completar o quadro se precisar. Como formadoras ficaremos atentas ao que precisamos investir e à medida que for acontecendo os encontros vamos incluindo na pauta os conteúdos que possa a torna os investimentos em avanços.


2.     Ainda com intenção de relembrar o conteúdo discutido em 2011, iremos propor a atividade proposta no quadro que por meio da orientação as professoras irão refletir por que e para que serve algumas orientações. Pensamos que essa atividade dará uma oportunidade de voltar ao conteúdo e também ajudará na compreensão dos que ainda apresentam dificuldades, assim solicitaremos que em dupla as professoras façam a leitura do texto Porque que e como saber o que sabem os Alunos” PROFA  (Anexo 1). Em seguida preencher o quadro sobre as  condições necessária para o diagnóstico.
3.     Depois socializar. Durante o diálogo acrescentar o que não surgir na conversa e formar um quadro coletivo para visualizar porque e para que serve cada orientação.


Orientações
Por que/para que?
1.     A atividade deve ser realizada individualmente.

  1. Lista de 4 palavras: poli, tri, di e monossílabas e que as sílabas das palavras contíguas não se repita as mesmas vogais.

  1. Palavras em ordem decrescente em relação ao número de sílabas.














  1. Ditar sem forçar a silabação das palavras.


  1. Solicitar a leitura da criança.


  1. Não corrigir.
1.     Conhecer o que cada aluno já sabe e o que não sabe sobre o sistema de escrita.
  1. As duas exigências para que algo esteja escrito: quantidade mínima de letras e variedade de letras. O item 3 completa essa justificativa

  1. Se a lista não for decrescente em relação a extensão das palavras, corremos o risco de perturbar a criança a ponto dela não se propor a fazer a sondagem já que logo de início, ditando uma palavra monossílaba, criamos um impasse – já que ela acredita que palavras com poucas letras não são legíveis - que no momento ela não tem como resolver. Nessa ordem também descobrimos a quantidade mínima que a criança aceita para que algo esteja escrito.
  2. Ao forçar a silabação o professor procura evitar o erro. Não há necessidade de silabar

  1. Verificar se o aluno ajusta o falado ao escrito. Muitas vezes ao escrever ele não se preocupa com essa relação – fala e escrita – mas no momento em que lê, justificando sua escrita, isso se torna observável para ele. São os casos de alunos que, por exemplo, ao escrever, CAMELO, escrevem assim: RUBNOAI e no momento de ler dizem apontando:
R – p/ ca
U - p/ me
B - p/ lo
É exatamente a leitura que possibilita ao professor afirmar que sua escrita é silábica e não pré-silábica como o arranjo escrito sugere.
  1. O objetivo é saber o que a criança pensa. A situação é diagnóstica.


Proposta 2 (2h) – Análise da prática de uma professora realizando diagnóstico
1.Convidar o grupo para assistir ao vídeo do aluno Lucas 1º Ano B da Professora Flordenice. Analisar o vídeo e as escritas dos alunos Lucas (nossa análise completa no anexo 3). Lembrando que o vídeo já foi autorizado pela professora. Questões norteadoras:

a)A partir do texto lido por vocês e o quadro preenchido o que foi garantido nesse diagnóstico realizado pela professora Flordenice?
No planejamento cuidou  de não colocar palavras com sílabas contíguas, a lista começou do polissílabo, trissílabo, dissílabo e monossílabo porém a professora colocou os monossílabos que não faziam parte do grupo semântico (MÃO e PÉ), na devolutiva a essa professora ela justificou que não tem frutas com uma sílaba, o que não justifica, pois estamos tratando de um grupo semântico poderia ser UVA, pensamos que faltou planejar maior a situação. Percebe-se que houve uma preocupação da professora a cada escrita solicitar a leitura, entendendo que a leitura é tão importante quanto à própria escrita, pois a leitura permite o professor verificar se o aluno estabelece algum tipo de correspondência entre partes do falado e do escrito o que está pensando sobre o que escreve. Na realização do diagnóstico faltou à professora solicitar a frase. Porque será que ela não faz isso? Algo que podemos deduzir que pode está relacionado ao conceito que tem sobre isso, de não compreender como uma rica fonte de informação para estudar os conhecimentos dos alunos.

b)Qual  intervenção a professora fez para que o aluno Lucas refletisse sobre a sua própria escrita ?
Solicitou a leitura após a escrita de cada palavra. Observa-se  que quando o aluno Lucas escreveu a palavra JABUTICABA e a professora pediu que lesse assinalando com o lápis ele repensou sua escrita.

c)Em que hipótese de escrita está Lucas ? Mostrar em slide a escrita de Lucas. (anexo) para elas relembrarem. Qual a importância de saber as hipóteses de escritas das crianças? O aluno Lucas se encontra na hipótese silábico com valor sonoro convencional por que sua escrita atribui exatamente uma letra para cada som emitido. Segue um quadro do que a professora dita e o que o aluno escreve:
PALAVRAS DITADAS PELA PROFESSORA


ESCRITA DE LUCAS

JABUTICABA
OEO- primeira escrita
OEODA - a professora solicitou a leitura da palavra para Lucas, e no momento que marcava percebeu que faltava letras, assim acrescentou mais letras. Essa escrita apresenta uma letra para cada sílaba, mas como é interessante assistir o vídeo pois dá oportunidade de entender como Lucas compreende a escrita. No momento da leitura  em vez de dizer JABUTICABA ele lê JABOTECABA.  Pensamos que um pouco mais de intervenção da professora ele perceberia a troca que fez entre o E e o O.  Mas de qualquer forma há uma preocupação do aluno a atribuir valor sonoro a sua escrita. Na última sílaba ele apresenta a correspondência sonora na escrita.
ACEROLA
ACOS – observa-se que a professora dita duas palavras polissílabas. É bom saber o porquê dessa escolha. Nessa escrita ele apresenta uma qualidade maior, atribuindo sonoridade a 3 silabas.
AMORA
AOL – Também        atribui exatamente uma letra para cada som emitido, a questão do L no lugar da sílaba RA é porque a criança fala AMOLA.
CAJU
KU – nessa escrita tira uma dúvida, pois até o momento ainda aparecia uma dúvida  será que ele esta usando mais letras do nome? Mas quando ele usa essas letras para representar a palavra CAJU demonstra compreender que cada letra representa uma sílaba falada e o que escreve corresponde com o som convencional.
MÃO
OKU –                                                                       
AOKU – Nessas duas escritas apresenta o problema dos monossílabos, por não admitir uma letra para uma palavra acrescenta letras. O problema maior nessas duas palavras não está na escrita de Lucas e sim na escolha dessa palavra que não pertence ao grupo semântico supostamente iniciado.

A sondagem tem função  de ajudar o professor a se situar com relação ao percurso de aprendizagem de cada um de seus alunos por isso o professor deve saber o que dizem as escritas dos alunos buscar compreender o que está por trás de seus registros, seu pensamento, o que a escrita representa para ele, para assim poder planejar adequadamente as atividades e para poder organizar agrupamentos produtivos. Esse não é um instrumento que se possa utilizar só para avaliar, sim para conhecer mais o que os alunos pensam sobre a escrita. Antigamente a  lista era ditada para a classe toda e onde professores tentavam adivinhar o que a criança pensou ao escrever apenas a partir do que está escrito no papel, pode-se afirmar que a maioria dessas interpretações correspondem a invenções, sem qualquer valor diagnóstico  assim buscaremos chamar atenção quanto isso não faz sentido, quanto é importante saber como a criança está pensando.

d)     Como Lucas escreveu a palavra JABUTICABA é possível interpretar que ele esteja na hipótese  S.C.V.S.C? Por quê?  Não é possível dizer que esta Lucas está na hipótese S.C.V.S.C quando se olha para a escrita isolada, por isso importante olhar para conjunto de palavras. Também o que ajuda compreender melhor seu pensamento é o vídeo quando em vez de pronunciar JABUTICABA diz JABOTECABA, apresentando então sonoridade a sua escrita.

e)     A professora marcou uma menos hipótese por quê? Quais os problemas com essa prática? Temos percebido uma espécie de garantia de não cometer algum equívoco, o que pensamos que o que está por trás é a insegurança o que cai na falta de conhecimento sobre as características  das escritas dos alunos. Quando se tem essa prática alguns problemas são visíveis agrupamentos improdutivos e atividades inadequadas. Essa prática é bem comum no grupo então será importante fazer essa reflexão.

f)      Entendendo que o aluno esteja na hipótese silábica com valor sonoro, o que necessário  professora Flordinice fazer após essa sondagem para o aluno Lucas avançar?
Planejar atividades que possa avançar seus conhecimentos e também propor momentos de trocas entre alunos por meio de agrupamento com hipótese próxima. Durante o diálogo vamos perguntar quem arrisca dizer qual tipo de atividade seria  interessante para atender esse objetivo? Colher informações sobre o que eles pensam sobre atividades na alfabetização o que ajudará na próxima pauta. Essa atividade tem como propósito saber o que as professoras pensam sobre os agrupamentos e as dificuldades que tem na organização das atividades. Após a socialização não vou pontuar as dificuldades delas para serem trabalhadas durante as formações, outro investimento que esta sendo fortalecido no grupo é o uso da tematização da prática não só no grupo sim de forma individual. Achamos que será uma atividade que vai gerar bastante discussão, pois vemos que as atividades de agrupamentos não faz parte da metodologia de muitas delas.


Sistematização

Após a socialização sistematizar com o grupo a importância de pensar o diagnóstico como uma ferramenta que auxilia o professor no planejamento pois através da sondagem é possível saber o que sabem os alunos sendo possível a organização de agrupamentos produtivos.

Coffee break  15 min

Proposta 3. (30 min)
Tarefa (1 hora e 30 min) Planejar uma atividade em que o conteúdo seja a reflexão sobre o sistema da língua escrita desenvolver na sala de sala pensando nos alunos pré- silábicos, silábicos e alfabéticos. Depois  fazer um relatório sobre as aprendizagens dos alunos nessa atividade. Justifique se atividade atingiu todos os alunos que estão em diferentes hipóteses. Entregar para coordenadora a fim de ajudar a planejar a pauta de formação do próximo encontro.

Avaliação do encontro

·       Quais as aprendizagens evidenciadas no encontro de hoje. Quais as sugestões para o próximo encontro?



ANEXO 3