Avaliação com os coordenadores
Os
Ganhos, As Conquistas das formações 2012
1.O que
modifiquei na minha prática?
Joana - Aprendi muito. Tenho um olhar mais amplo em relação à leitura e a escrita dos alunos,
quais ideias eles tem sobre a escrita principalmente. Antes carregava algumas
concepções totalmente equivocadas sobre o conteúdo, principalmente porque
minhas concepções estavam ligadas mais ao processo de ensino do que no percurso
da aprendizagem do aluno, aquele pensamento de cumprir o currículo do ano
atrapalhava a gente observar como aluno aprende. Hoje posso dizer que é
necessário o professor está sempre se atualizando para mudar sua prática, pois
através de estudos aprendemos mais porque não sabemos tudo sobre o processo de
aprendizagem dos alunos. Já quanto formadora me descobri, me tornei um
profissional melhor capaz de refletir com mais intensidade a prática dos meus
professores sobre os conteúdos em questão.
Flavia - O que modifique em minha prática
desde que estou como coordenadora foi assumir uma postura de pesquisadora, hoje
tenho mais consciência da importância de estar constantemente buscando e me aprimorando
para realizar um trabalho que atenda as necessidades das crianças. Também pude
entender a importância do papel do coordenador como mediador no processo de
ressignificação e do re(construir) do professor, onde o coordenador
é um corresponsável pelo sucesso ou fracasso dos alunos. Hoje
digo com todas as letras que a FORMAÇÃO ALÉM DAS LETRAS
contribui em muito pelo resultado positivo da escola
Chapeuzinho Vermelho, analisando alguns diagnósticos dos alunos neste
quarto bimestre, bem como as fichas de expectativas de aprendizagem de
cada ano pude verificar a qualidade de seus textos e também os avanços em
relação habilidades que os alunos alcançaram e isso se deve com
certeza aos conteúdos que aprendemos este ano entre os quais
destaco:
Þ
Atividade de auditório: o que está por trás desta
atividade é compreender que a criança aprende por conceito e não percepção e
que tudo depende do professor oferecer condições.
Þ
Ler mesmo sem saber ler convencionalmente: tratar a
criança como leitor pleno desde pequeno e não apenas como decodificador.
Para
mim grandes avanços no mundo da alfabetização, e percebi que
mexeu como o alicerce das minhas professoras, fez suas estruturas
mexerem mesmo desconfiado. Um dia ouvi uma professora dizendo:
“Ah vou colocar isso em prática vamos ver se vai funcionar” é
o legal é que funciona, assim nos encontros travamos uma discussão construtiva,
é isso que a formação permite nos possibilita aprender algo novo,
colocar em prática e validar esses conhecimentos.
Simone - Apesar de ter pouco tempo de experiência na coordenação a qual atuo
como formadora aprendi muito, tanto sobre os conteúdos deste ano quanto sobre
minhas ações. Na minha prática aprendi a desenvolver muito o senso crítico
através das elaborações e reflexões das pautas. A minha mudança radical, se
assim posso dizer foi à organização para planejar a pauta e estudá-la, algo não
conquistado anteriormente.
Leticia - Desenvolvi uma compreensão maior quanto aos conteúdos estudados e
isso contribuiu para a mudança de minha ação junto aos professores. Estou mais
entregue ao acompanhar os professores, mas aberta a discutir com eles sobre os
conteúdos, não com caráter de ensinar e nem de oferecer atividades como
antigamente, que achavam que esse era meu papel, sim de um olhar reflexivo
sobre as práticas vigentes, do pensar, do reajustar as ações que atendem as
necessidades dos alunos. Carrego a certeza que auxiliando meus professores
dessa maneira oferecendo subsídios para repensar a prática o aprendizado chegará
aos alunos e futuramente teremos melhores leitores e escritores.
Mirian - Apesar de não cumprir nem 70% do planejamento da rotina, mas é algo
que estou procurando fazer e vejo que o planejamento de todo trabalho é
necessário para que obtenhamos avanços. Mas de qualquer forma minha mudança este ano
foi na dedicação ao planejamento das pautas com antecedência.
Sirlene – Mudei a organização das pautas para estudo com os professores, hoje
faço mais leituras com foco no conteúdo a ser estudado com os professores de forma
a estudar e pesquisar a problemática dos mesmos para levar para reflexão no
coletivo, ou seja, nos encontros de formação, com vista a qualificar o trabalho
pedagógico.
Ellen - Esse ano foi muito produtivo pra mim e também para minhas professoras,
principalmente nas escolhas das atividades, gostei muito das reflexões sobre a
leitura e escrita, o diferencial deste ano é que pude olhar mais para as
atividades propostas pelos professores e me dar conta quanto estamos
reaprendendo sempre. No planejamento de minhas professoras percebo a
preocupação nas escolhas das atividades, sempre se perguntando se proporciona
desafio aos diferentes conhecimentos encontrados na sala de aula. Hoje digo que
mudei muito meu olhar sobre isso, estou mais atenta, e, mas capaz de ajudar os
professores. As atividades que antes considerava boas, que às vezes me iludia
pela “criatividade” são olhadas com outros olhos, levando-as a pensar quais desafios
tem para nossos alunos. Enfim, meu olhar sobre a aprendizagem dos alunos e o
comportamento leitor e escritor, do planejamento das professoras é outro, um
olhar mais detalhado sobre as atividades.
Lisandra - A formação foi essencial para adquirimos mais conhecimentos sobre a
leitura e a escrita nos anos iniciais, já que ambos estão relacionados a
reflexão que os alunos podem fazer sobre ela; suas características, seus modos
de funcionamentos e suas regras de geração. Entendendo, portanto para eles
aprenderem a ler , escrever o produzir é preciso planejar situações didáticas
especificas destinadas a uma finalidade, não basta inundá-las de letras
escritas é preciso convidar as crianças aprenderem de modo construtivo dentro
de um contexto real.
Eliane - O conteúdo leitura e escrita pelo aluno deste ano contribuiu para repensar
as atividades que os professores ofereciam aos alunos considerada como boas
atividades para reflexão da língua escrita. Também ao perceber que meu grupo
precisava de auxílio para ajudar as crianças busquei fazer ao máximo para criar
mudanças nas práticas dos professores. As
reflexões de como a criança aprende
tanto na leitura quanto na escrita nas formações me deram suporte para levar
com mais propriedade para meus professores. Um salto qualitativo foi a análise
dos diagnósticos dos alunos, antes era um dos maiores problemas na minha
equipe, pois as classificações das hipóteses de escritas em sua maioria era a
menos, atualmente o próprio professor se cobra em marcar as hipóteses de
escritas tal como ela é, posso afirmar que estudam mais os saberes dos alunos.
Esses problemas que aconteceram na escola só serviram para modificar minha
prática quanto coordenadora, aprofundar mais sobre o conteúdo, correr atrás
para entender o que estava por trás da ação do professor e de como a criança responde
as tarefas solicitadas pelos professores. Nesse diálogo entre como o professor
ensina e como a criança aprende, puder dar o novo contexto a práticas dos
professores alfabetizadores de minha escola. Enfim, modifiquei minha prática não
só em relação aos conteúdos como também em minhas ações como: observação das
atividades desenvolvidas em sala, tematização da prática, devolutiva para os
professores acompanhamento dos diagnósticos realizados pelos professores,
planejamento das pautas, elaboração de relatórios com mais frequência... Posso
dizer que aos poucos estou me descobrindo nessa função e que as formações que
temos com nossas formadoras são subsídios para discutir com os professores, mas
que temos total autonomia para planejar e desenvolver os encontros conforme a
necessidade do nosso grupo.
Nilda - Quanto ao conteúdo dei mais atenção a ouvir as crianças e também em
procurar saber como elas pensam a escrita, em que elas se subsidiam para
resolver os problemas, que conhecimentos elas colocam em jogo para resolver os
problemas. Interessante nessa formação foi à reflexão que obtive, anterior um
discurso predominava que devemos fazer atividades diferenciadas para os alunos,
algo que na prática pouco se concretizava, porque isto não estava inserido
dentro de mim, na verdade nem compreendia o que eu mesma dizia. E as discussões
deste ano me fez entender que cada criança leva em consideração o que sabe para
resolver o que não sabe isso requer pensar em atividades que proporcionam a
reflexão para criança, que não é tratando todas as crianças com os mesmo níveis
de conhecimentos que vai ajudar, ao contrário devemos partir de seus
conhecimentos para planejar situações que as fazem avançarem, se não for por
esse caminho, sempre ouviremos aquela velha frase “meus alunos não avançam,
já proporcionei vários tipos de atividades e continuam na mesma hipótese de
escrita”. Já sobre minha função, hoje, percebo como estávamos atrapalhando
as aprendizagens das crianças, pois atuava como se estivesse em um “pronto socorro”
na coordenação, para atender as emergências. As aprendizagens dos alunos e dos
professores, que era emergente de fato, era desconsiderado, deixando a desejar. Então
posso dizer que modifiquei minha prática sim, hoje atuo na formação dos meus
professores e me encontrei como formadora. Isso é conquista na minha escola!
2. O que me dei
conta que antes não considerava?
Joana - Que necessitamos ver a essência das escritas dos alunos, não olhar
apenas ortografia ou ao que desejamos que elas façam no sentido da escrita
convencional quando falamos do processo de alfabetização.
Eliane - A importância do professor compreender o que as crianças já sabem e
precisam saber por isso a importância do próprio professor realizar o diagnóstico
oferecendo condições didáticas para os alunos colocarem em jogo o que sabem.
Repensar atividades que os alunos reflitam sobre a língua escrita bem como a
organização dos agrupamentos produtivos. Também passei a considerar a
devolutiva como um instrumento que potencializa as aprendizagens. Outro ponto marcante para mim foi a utilização da
estratégia tematização da prática na
formação, nem sabia o que era isso, no entanto está faz de minhas ações.
Flávia - Hoje tenho uma nova visão
sobre agrupamento produtivo, pois através dos estudos compreendi que podemos
agrupar as crianças na mesma hipótese desde que
se leve em consideração as características
para um agrupamento: conhecimento do aluno e a característica pessoal
para que haja troca de informação entre as crianças. Outro conteúdo que me fez
refletir foi “a atividade na alfabetização” que boas são aquelas que oportunizam
as crianças refletirem sobre o sistema de escrita. Vimos que algumas atividades
que considerávamos boas como a escrita de palavras com grade, depois das
discussões descobrimos que não são tão boas assim, e que as melhores são
aquelas que contribuem para que a criança pense ou reflita a escrita, pois a
criança cria suas hipóteses. Esse estudo ainda nos possibilitou escolher o
livro didático com mais consciência. A meu ver esse estudo ainda plantou
uma dúvida no ar, se trabalhamos com projetos e sequências, por que tantas
atividades soltas e isoladas sem sentido fragmentadas? Eu observei que
muitas professoras começaram se questionar em seus planejamentos e vinham
conversar a respeito sobre quais atividades geram mais reflexão e o
grupo chegou à conclusão que atividades com: alfabeto móvel sem
grade, atividade de auditório, tarjeta, são
boas atividade que contribuem para a criança refletir e
construir a sua concepção sobre o sistema de escrita e até incluíram atividade
de auditório na rotina.
Um dos
conteúdos que fiquei encantado foi LER ANTES DE LER CONVENCIONALMENTE, que
mostrou que a criança para se tornar um adulto leitor proficiente e necessário
que desde pequeno viva e conviva em um ambiente alfabetizador, e para
isso o professor deve oferecer condições.
Simone - Da importância de fazer um trabalho conciso com o professor, da
importância do papel do coordenador/formador no trabalho com o professor e
minha responsabilidade nesse processo. Da importância de embasamento teórico sobre
as aprendizagens.
Leticia - A importância desses momentos de formação, de estudos específicos que
ajuda grandemente no resultado em sala de aula. Também a de acompanhar a ação
do professor mais de perto, de estar dando devolutiva e sanando as dúvidas para
que o mesmo consiga caminhar com mais firmeza através de condições didáticas
mais pertinentes.
Mirian - Não considerava a importância de acompanhar o planejamento do
professor, pensava que todos são formados, por isso capazes de planejar
adequadamente as aulas. Hoje vejo a necessidade de esta planejando juntamente
com o professor, sempre levando sugestões e realizando estudos.
Edineia - O trabalho do coordenador como formador na instituição escolar.
Ellen - As atividades escolhidas por elas e a hipóteses de leitura, as
atividades de auditório.
Lisandra - Entender que o processo de letramento pode proceder à alfabetização.
Os alunos, muito antes de adquirem a habilidade para ler e escrever
convencionalmente devem ser colocados diante desta situação.
Carla – Me dei conta de garantir no projeto didático e sequência didática propósito
didático e comunicativo.
Nilda - Fazer uso das estratégias tematização da prática. A importância de
organizar minha rotina. Quanto ao conteúdo são inúmeras aprendizagens, desde a
organização do diagnóstico, pensar nas condições didáticas para realização do
mesmo. O pra que? Isso tem relação à condição para garantir uma boa situação didática.
Outro ponto que me fascinou são as ideias que as crianças tem sobre o que está
escrito, algo que pra mim era até desconsiderado, hoje meu pensamento e
conceito mudou, penso que o olhar do professor e do coordenador deve estar além
de constatar se o aluno saber ler ou não, como evidenciamos muito nas práticas
em sala é preciso olhar para seu “interior”, um olhar de pesquisador, em que
possa observar as ações das crianças e poder compreender em que se apoiam para
justificar o que está escrito.
Sirlene Serafim - Já em sala de aula considerava interessante minha coordenadora
desenvolver a formação, mas não havia me dado conta da tamanha importância que
isso faz na prática do professor. Dei-me conta quanto é fundamental observar as
aprendizagens dos alunos.
Nivalda – Dei-me conta que não basta olhar só para uma escrita dos alunos e
classificar a hipótese de escrita que é necessário olhar para o seu conjuntopara
chegar a uma conclusão.
Rose - Se não olharmos para o processo de aprendizagem da criança, se não
pesquisarmos seus conhecimentos, muito do que propomos as elas se tornam em
vão, e por isso penso que causa angústia no professor.
Sirlene da Silva – Antes não percebia a importância de garantir os
conteúdos dentro de projetos didáticos e sequência didática, aliás, isso era
pouco valorizado dentro da escola, e a partir dessa formação mudei meu
pensamento.
Ao analisar essa avaliação tornar-se evidente que
caminhamos um tanto, que algumas aprendizagens foram efetivadas, que o desejo
de mudança atropela algumas concepções e desabam nas deformações, de maneira
alguma podemos dizer que não avançamos, percebe-se que muitos compreenderam o
tratamento deste conteúdo dos conhecimentos da leitura e escrita pelo aluno.
Mas, por outro lado não podemos negar que alguns investimentos são precisos. Evidências
que aparecem nas indagações de alguns: Como
contribuir para o avanço da criança? O que é uma atividade desafiadora?