quinta-feira, 5 de abril de 2012

PAUTA ELABORADA PELA COORDENADORA FLÁVIA



PAUTA DO 1º ENCONTRO ALÉM DAS LETRAS

Data:
Carga horária:
Conteúdo da Formação: leitura e escrita pelo aluno
Formadoras locais: Claudiene Dias da Silva e Sandra da Silva Duarte
Formadoras da escola: Flavia Roberta Zago e Rosemeire Pereira Torres
Público Alvo: Professores do 1º e 2º ano, orientadora do Ensino Fundamental, professora da sala de recurso e bibliotecária.
"Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro.Estou preso à vida e olho meus companheiros.Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.Entre eles, considero a enorme realidade.O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas”

Carlos Drummond de Andrade

Encaminhamentos
  1. Entregar antecipadamente para as professoras o texto “Por que e como saber o que sabem os alunos retirado do caderno do PROFA” (anexo 1)
  2. Solicitar que tragam antecipadamente um relato por escrito (anexo 2) das aprendizagens evidenciadas em 2011 e os investimentos para 2012 sobre o conteúdo leitura e escrita pelo aluno.
  3. Solicitar para as professoras uma atividade que acreditam ser interessante na alfabetização.
Desejar as boas vindas ao grupo e fazer a leitura da pauta
 Objetivo do encontro
  1.  Relembrar as condições necessárias para a realização de um diagnóstico confiável que leve em consideração a concepção de escrita das crianças; 
  2.  Analisar e refletir sobre os avanços e aprendizagens adquiridas na formação de  2011 e o que precisa investir em 2012 sobre o conteúdo leitura e escrita pelo aluno; 
  3.  Refletir sobre a importância do registro como um instrumento de reflexão sobre a prática em sala de aula. 
  4.  Apresentar a organização do programa Além das letras na escola Chapeuzinho Vermelho.
 Conteúdos do encontro
  1. Leitura e escrita pelo aluno
  2. Registro reflexivo
 Desenvolvimento:
  
1.Leitura em voz alta – Nunca pare de sonhar – Autor - Richard Bach, nasceu nos Estados Unidos da América, em Oak Park, no ano de 1936, desde jovem, sempre teve  em mente escrever um livro que falasse sobre pássaros. Foi assim que nasceu o seu livro mais famoso, Fernão Capelo Gaivota, que ano mais tarde se tornou um filme (1973). Muitos foram os livros de Richard  tais como: “ Ilusões”,  “As aventuras de um Messias Indeciso”. Aviação sempre foi o seu negócio. Foi instrutor de vôo técnico, piloto, tático, dublê e sente enorme prazer ao voar.

2.Agenda cultural – Abrir espaço para a indicação literária, filmes, eventos culturais. Abrir espaço para que elas também compartilhem suas indicações
  1.  Filme: como estrelas na terra, toda criança é especial.  
  2.  Visitar o blog http://alemdasletrasariquemeshotmailcom.blogspot.com/ 
  3.  Indicar o livro Estratégias de Leitura de Isabel Solé que foi enviado pelo MEC para escolas. 
  4.  Exposições e reproduções fotográficas pós impressionismo e as origens da pintura moderna local SESC LER , período 19 março a 02 abril.
Proposta 1 – (1 h 20 minutos) - Retomada dos encontros de 2011


Objetivo desta proposta é propor um momento de reflexão ao grupo de professoras sobre as aprendizagens adquiridas em 2011, favorecendo um intercâmbio entre as professoras que já participavam da formação e as professoras novatas. Para as novatas dará uma ideia de como foi o desenvolvimento do conteúdo em 2011. Também  fazer com que as professoras relembrem quais as condições de realizar um diagnóstico confiável. Penso que a discussão vai gerar em torno:
1.Da compreensão sobre a psicogênese da língua escrita para assim compreender melhor como a criança elabora suas hipóteses de escrita. Também é importante entender que o conhecimento é construindo pelo aprendiz assim como aponta Telma Weisz no texto as contribuições da psicogêneses da língua escrita e algumas reflexões sobre a prática educativa de alfabetização.
2. Que para realizar um diagnóstico de qualidade é preciso estabelecer o grupo semântico, esta lista deve seguir uma ordem, da palavra maior para menor ou seja iniciar do polissílabo, trissílabo, dissílabo, monossílabo e por fim solicitar uma frase após a escrita das palavras, de preferência de uma das palavras propostas da lista.
3. Solicitar a leitura logo após a escrita da palavra, não silaba as palavras. Deixar as crianças colocarem em jogo tudo o que sabem para compreender o que elas não sabem. Enfim, pretendo reafirmar as condições oferecidas e também saber por que são necessárias para que os alunos avancem em sua escrita. Espero que todas professoras participam, caso isso não acontecer vou fazendo algumas perguntas tais como: como era realizado o diagnóstico antes? E agora como tem sido sua pratica? Quais foram os avanços significativos para você em relação a realização do diagóstico? Porque é importante considerar os saberes das crianças ao planejar uma atividade?



 1.Abrir espaço para uma discussão sobre as aprendizagens evidenciadas em 2011. Deixar que as professoras se expressem livremente apontando os avanços significativos e os problemas que precisam de investimentos. As professoras receberam antecipadamente um quadro para expressar as aprendizagens em 2011 e  o que ainda devemos investir. Cada professora irá socializar seus apontamentos e colocar no mural coletivo de um lado os avanços e do outro o que precisamos melhorar.  
2. Em seguida mostrar ao grupo de professoras o caminho que já percorremos e os avanços que já obtivemos conforme o resultado da avaliação final de 2011. Na sequência analisar e refletir o que precisamos investir no ano de 2012. Esse material servirá para estudos e ajudar na elaboração da próxima pauta de formação. O quadro coletivo será da seguinte forma:

Avanços em 2011
Investimentos para 2012






       
Obs. No dia levaremos um cartaz grande (mural) para que os professores coloquem os avanços/investimentos, pois assim teremos de um lado o nosso crescimento como grupo e do outro o que ainda precisamos investir reforçando o quanto temos que trabalhar

3. Depois de compartilhar o quadro coletivo dos avanços e investimentos irei apresentar o quadro que montei sobre o que observei. Durante a exibição vou dar oportunidade para eles acrescentarem o que faltou durante a conversa e formar um quadro único.
4. Em seguida solicitar a leitura do texto “Por que e como saber o que sabem os alunos retirado do caderno do PROFA” (anexo 1) e que em dupla respondam o quadro (anexo 3) justificando suas respostas de como saber o que sabem os alunos. Essa atividade contribuirá para que as professoras possam relembrar um pouco o que foi discutido em 2011.Importante esse momento porque muitas vezes fica automático o como fazer, mas não há essa reflexão para que serve tal atividade. Tendo esse entendimento possibilita o professor fazer um bom planejamento e pensar em boas intervenções. Fazer a socialização e ir apontando e enfatizando o que achar necessário para aprofundar os conhecimentos das professoras.


 Proposta 2 –(1 hora) - análise das atividades na alfabetização 

Objetivo desse momento é fazer uma análise das atividades mais indicadas para cada hipótese levando em consideração as expectativas de aprendizagem para cada criança. Não será dado a devolutiva nesse momento, as discussões aqui servirão como apoio ao planejamento dos próximos encontros.   
  1. Solicitar para as professoras que individualmente  respondam as questões no do quadro abaixo. Ouvir sem fazer a devolutiva e explicar que esse será assunto para próximo encontro. 

ESCOLA: CHAPEUZINHO VERMELHO
PROFESSORA: ________________________
Data_______________
Nome da atividade


Objetivo da atividade

Conteúdo

Conteúdo está relacionado à atividade proposta? Por quê?

O que as crianças aprenderam com essa atividade proposta por você professor?

Em sua opinião como elas estão sendo convidadas a aprender? Por quê?

Pense nas diferentes hipóteses de escritas que estão seus alunos, a atividade apresentou desafio para eles? Por quê? Para qual grupo (hipótese) a atividade foi mais favorável?




Pausa para o intervalo (10minutos) lanche...Uma delícia

Proposta 3 (50 minutos) Registro reflexivo

Inicialmente realizar uma sondagem com o grupo de professoras, para verificar o que elas conhecem sobre registro reflexivo. Objetivo desta proposta é provocar uma reflexão sobre a elaboração de registro que as professoras fazem sobre as habilidades dos alunos. Afinal quero conversar sobre o registro, que ele é um instrumento para organizar, analisar e reavaliar a sua prática. Nem todas as professoras possuem essa prática de registrar e assim dificilmente conseguem reavaliar ou repensar sua prática e hoje o registro é um material que permite aprimorar o trabalho diário.



1.Entregar para as professoras dois registros sendo que um será  um registro apenas relatando o que aconteceu em sala de aula, sem uma analise aprofundada, e outro onde o professor enxerga o registro como instrumento onde reflete sua própria ação, buscando a revisão e a retomada de decisões que possibilitam o replanejamento de ações futuras.Questões norteadoras:
a)Em duplas solicitar que as professoras analisem e pensem na questão: qual dos registros permite  uma análise das aprendizagens dos alunos? Qual testemunha melhor o trabalho desenvolvido pela professora? Por quê?
2.Entregar para as professoras o texto “Escrita profissional: a importância dos registros feitos pelos professores” (anexo 3)para que tenha como subsídios para responder as seguintes questões.

a)  Em que aspecto o registro deixa de ser algo burocrático e passa a ser um instrumento de reflexão pelos professores?
Espera-se que as professoras respondam que deixa de ser burocrático quando o planejamento passa a ser um instrumento reflexivo que permeia o trabalho do professor, e esse o utiliza de forma sistemática para subsidiar a sua prática. Através de replanejamento de ações futuras. O registro é um importante instrumento nas mãos do professor pois permite ele olhar para o que desenvolveu pensar quais as aprendizagens foram adquiridas e quais precisam investir, para tal descrição é preciso antes de tudo saber o que ele quer que seus alunos aprendam, sabendo disso sabe pensar o que lhes faltam por isso ele vai além de uma atividade burocrática de sala de aula, pois os registros permitem o professor construir a memória do processo vivido na sala de aula. Eles propiciam uma visão geral do trabalho desenvolvido, facilitando a constatação das dificuldades e sucessos. Possibilitam, assim, avaliar a aprendizagem dos alunos e a atuação do(a) professor(a). 

b) O que é indispensável na elaboração de um registro reflexivo?

  Registrar de acordo com a realidade vivenciada expondo idéias e reflexões, anotar na hora que aconteceu algo significativo, documentar a forma que a criança falou. 
Em síntese: 
  • Apresentação da situação para que o outro entenda o que o professor desenvolveu. 
  •  Olhar sobre o que desenvolveu tanto do ponto de vista das aprendizagens quanto dos investimentos. O que está por trás desse olhar é o conhecimento sobre o conteúdo em questão. 
  •  Uma sistematização das ideias num todo. 
  • Também  é importante descrever falas das crianças de como ela pensa algum conteúdo e o professor fazer a reflexão sobre esse pensamento. 
Enfim permite o professor também refletir sobre sua prática e se achar necessário repensar sobre o conteúdo  desenvolvido e objetivos.O registro permite uma diversidade de funções e está a serviço de diferentes propósitos: comunicar, documentar, refletir, organizar, rever, aprofundar e historiar. Além disso, o ato de escrever nos obriga a fazer perguntas, levantar possíveis respostas e organizar o que pensamos. Tudo isso nos leva a dar conta de que caminhos devemos seguir, que mudanças devemos fazer, que escolhas não foram felizes e que decisões facilitaram as aprendizagens dos alunos.

Proposta 4 ( 30 minutos) - organização da Formação do Programa Além das Letras

 Objetivo desta situação é conversar com as professoras sobre a organização das formações do Programa Além das Letras. Fazer um combinado com as professoras para que formação ocorra de forma significativa e responsável. Salientar como organizamos as formações, bem como a importância da participação ativa de todas e para o bom andamento é essencial que realizem as tarefas como instrumento que ajudam a repensar a prática em sala de aula. Enfatizar a pontualidade, horário do lanche que não exceda o tempo estimado, conversas paralelas, leituras etc.
AVALIAÇÃO

Quais foram as contribuições do encontro de hoje para sua prática?

TAREFA


  Professoras para gerar discussões pertinentes no nosso próximo encontro, tragam um registro reflexivo, porém segue abaixo sugestões de forma que possa contribuir para ao registro.

Primeiramente escolha uma atividade que atenda as necessidades da turma, leve em consideração a hipótese que o grupo se encontra desenvolva a atividade com a turma e registre suas intervenções, bem como o que as crianças pensaram, anotem tudo não deixem passar nada. Registra tudo! Lembrem-se que o registro é um instrumento de aperfeiçoamento do seu trabalho. Você pode utilizar algumas questões que norteiam o seu registro. Veja algumas: a atividade que planejei atende as todas as crianças? Atividade que planejei atingiu as minhas expectativas? Por quê? Capriche para socializar com o grupo no próximo encontro.




ANEXO 2

 No ano de 2011 nos encontros de formação além das letras estudamos vários conteúdos:  
  •   Avaliação inicial;  
  •   Analise das hipóteses de escritas das crianças; 
  •  Discussão sobre as condições necessárias para a realização de um diagnóstico confiável, que de fato, revele os saberes dos alunos em relação ao sistema de escrita; 
  •  As concepções das crianças a respeito do sistema de escrita; 
  • O que sabem os alunos? 
  • Análise das características das hipóteses de escritas dos alunos; 
  • Construção da leitura e escrita das crianças; 
  • Leitura e escrita pelo aluno na alfabetização; 
  • Análise de planejamentos de atividades na alfabetização inicial;
Construímos coletivamente novas aprendizagens, agora relate quais foram as aprendizagens significativas para você, onde transformaram sua prática em sala de aula. Bem como escreva no verso os investimentos que teremos que fazer em 2012.

ANEXO 3

COMO SABER O QUE SABEM OS ALUNOS




Orientações

Por que/para que?
  1. A atividade deve ser realizada individualmente.


  1. Lista de 4 palavras: poli, tri, di e monossílabas e que as sílabas das palavras contíguas não se repita as mesmas vogais.

  1. Palavras em ordem decrescente em relação ao número de sílabas.














  1. Ditar sem forçar a silabação das palavras.


  1. Solicitar a leitura da criança.


  1. Não corrigir.
  1. Conhecer o que cada aluno já sabe e o que não sabe sobre o sistema de escrita.

  1. As duas exigências para que algo esteja escrito: quantidade mínima de letras e variedade de letras. O item 3 completa essa justificativa

  1. Se a lista não for  decrescente em relação a extensão das palavras, corremos o risco de perturbar a criança a ponto dela não se propor a fazer a sondagem já que logo de início, ditando uma palavra monossílaba, criamos um impasse – já que ela acredita que palavras com poucas letras não são legíveis - que no momento ela não tem como resolver. Nessa ordem também descobrimos a quantidade mínima que a criança aceita para que algo esteja escrito.
  2. Ao forçar a silabação o professor procura evitar o erro. Não há necessidade de silabar

  1. Verificar se o aluno ajusta o falado ao escrito. Muitas vezes ao escrever ele não se preocupa com essa relação – fala e escrita – mas no momento em que lê, justificando sua escrita, isso se torna observável para ele. São os casos de alunos que, por exemplo, ao escrever, CAMELO, escrevem assim:  RUBNOAI e no momento de ler dizem apontando:

R – p/ ca
U - p/ me
B - p/ lo

É exatamente a leitura que possibilita ao professor afirmar que sua escrita é silábica e não pré-silábica como o arranjo escrito sugere.
  1. O objetivo é saber o que a criança pensa. A situação é diagnóstica.