sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

RECOMEÇAR

Novo ano! Muita coisa nova!
A vida é cheia de recomeços, a cada ano que se renova, grandes são os desejos e a crença em que tudo vai ser diferente. Quantas promessas são feitas nesta simples passagem do “milagre da renovação” que acontece em uma eternidade de um minuto. Inúmeros são os pedidos para que o amanhã nos escute. E quem sabe os sonhos não se transformem numa gigantesca realidade!
E, que este ano os professores possam escutar mais as crianças perceber quantas riquezas são descobertas através de suas falas.
Que despertem comportamentos leitores e escritores, para que assim formemos verdadeiros leitores e produtores de textos.
Que as crianças, possam ler um livro, não preocupadas com sessenta páginas restantes e ter esquecidas as dez já lidas.
Para um ensino de excelência um bom caminho é a elaboração bons projetos didáticos para ensinar as crianças lerem e a escreverem. Para isso é preciso o profissional abrir-se para as reflexões sobre sua prática. É necessário compreender o que se ensina. E só ensina-se ler e escrever adentrando na diversidade textual e oferencendo as crianças boas condições didáticas. Compreender que todo discurso resulta em um texto oral ou escrito, que todo texto se organiza em um gênero. Nesta perspectiva é preciso aprender sobre os gêneros também que se conhecem e não se conhecem para ensinar as crianças.
Apostamos em grandes mudanças este ano!
Que após a leitura em voz alta as crianças não sejam submetidas a um jogo de perguntas e respostas.
Que o tema “minhas férias” não seja solicitado às crianças como produção de texto. Que as produções através de gravuras sejam abandonadas junto com o ano que se passou, dessa prática só extrair boas reflexões para assim tornar o ensino e aprendizagem cada vez melhor.
Que sejam evidenciadas práticas de produção de texto em crianças saibam, o que se escreve? Para que se escreve? E para quem se escreve?
Outro dia lendo o livro Reflexões sobre alfabetização de Emilia Ferreiro, o seguinte trecho me chamou atenção “ tradicionalmente a investigação sobre as questões da alfabetização tem girado em torno de uma pergunta: como se deve ensinar a ler e escrever? A crença implícita era que o processo de alfabetização começa e acabava entre quatro paredes da sala de aula e que a aplicação correta do método adequado garantia ao professor o controle do processo de alfabetização dos alunos.” Isso significa que devemos ir além das paredes das salas de aula, ensinar a leitura e a escrita para o uso nas práticas sociais de forma que as atividades sejam o mais possível a realidade social externa à escola.
Minha gente! As crianças estão chegando as nossas escolas cheias de expectativas e desejos de aprenderem a ler e a escrever, o desafio é grande, os obstáculos são muitos. Mas jamais deixaríamos de dirigir só porque os insetos batam nos pára-brisas.

Algumas indicações para ajudar a compreender sobre o processo de como se ensina e como se aprende:
Reflexão sobre alfabetização – Emilia Ferreiro – Editora Cortez – uma boa reflexão sobre como se ensina e para o que se aprende
Alfabetização em processo – Emilia Ferreiro – Editora Cortez - a autora mostra como a criança elabora uma serie de hipóteses
Dicionário de gêneros textuais – Sérgio Roberto Costa – Editora Autêntica - apresenta um rol dos principais gêneros orais e escritos, com suas definições e características.
Gêneros orais e escritos na escola – Bernardo Scheuwly e Joaquim Doz – Editora Mercado de Letras- trata-se sobre o ensino dos gêneros orais e escritos na escola.

Claudiene Dias da Silva

Projeto didático – Gêneros textuais do folclore brasileiro


Escola Municipal Mário Quintana
Público alvo – alunos do 1º e 2º ano
Objetivos
Aperfeiçoar a leitura e a escrita das crianças através da familiarização com os gêneros.
Aproximar as crianças com os gêneros de modo que possam conhecer e compreender as características especificas de cada gênero escolhido para este projeto.
Conteúdos
Leitura e escrita dos gêneros textuais especificados neste projeto.
Reescrita de lendas.
Características específicas dos gêneros textuais.

1ª Etapa - levantamento prévio - saber o que elas sabem sobre os gêneros escolhidos.
2ª Etapa - sequência de leituras de vários gêneros textuais: lendas, trava-línguas e parlendas.
3ª Etapa - reescrita coletiva do gênero lenda.
4ª Etapa - reescrita em dupla do gênero lenda, para ser exposto para as outras turmas.
6ª Etapa - leitura do gênero trava-línguas.
7ª Etapa - escolha de algumas trava-línguas, para as crianças lerem para os alunos do 4º ano.
8ª Etapa - escrita de algumas trava-línguas em um cartaz a fim de apresentar para os alunos do 4º ano.

9ª Etapa - leitura do gênero parlendas.
10ª Etapa – escolha de algumas parlendas para formar um livro de parlendas favoritas da turma.
11ª Etapa – em dupla as crianças escreverão e ilustrarão as perlendas favoritas para montar o livro da turma.
12ª Etapa – montagem do livro.
13ª Etapa – exposição das produções das crianças na feira cultural

Em cada etapa de escrita promover situações em que as crianças possam revisar os textos produzidos. Também é importante o professor chamar atenção das crianças para as características dos gêneros trabalhados neste projeto.
"Não é possível destruir o passado para reconstruir o presente, mas é possível reconstruir o presente para reescrever o passado”
Augusto Cury.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Depoimento da Professora Maria Aparecida Lopes de Meira

Escola Florestan Fernandes
No dia primeiro de setembro de dois mil e dez, eu juntamente com meus alunos do 1° ao 5° de uma classes multisseriada escrevemos uma receita diferente.
Antes de apresentar aos alunos o objetivo da atividade perguntei para os mesmos os que sabiam sobre receita. As respostas foram as mais variadas possíveis,me deixando encantada..
Com um jeito simples e um olhar tímido o aluno Uelismar, do 1 ° ano disse que sua mãe tinha em casa, varias receitas médicas, foi quando um outro aluno o Douglas também do 1 ° ano sorriu e falou:
- Nós estamos falando de receita de bolo e não de receita de remédio.
Aproveitei a ocasião e perguntei para o Douglas, qual era a diferença de uma para a outra.
E ele mais que depressa respondeu. – A receita do médico era para comprar o remédio e a de bolo era só preparar para comer. Confesso que fiquei surpresa com a resposta do aluno, expliquei quais eram os componentes de uma receita culinária e que esse tipo de texto é instrucional, pois apresenta instruções a seguir.
Apresentei algumas e receitas e depois convidei os alunos para fazermos coletivamente uma receita, uma receita diferente. A turma sugeriu que escrevêssemos uma receita pra fazer amigos.
Nessa atividade de produção atuei como escriba, para despertar neles alguns comportamentos de escritor, durante a produção preferi ouvi-los e escrever o que eles em conjunto ditavam. Tive certa dificuldade, pois todos queriam falar ao mesmo tempo, foi quando recorri ao nosso cartaz de combinados e reforcei quem quisesse falar era só levantar a mão.
Resolvido o problema continuamos com a atividade, os alunos ditaram os ingredientes que iriam compor a nossa receita e o modo de fazer. A experiência foi muito boa.

REFLEXÃO NA E SOBRE A AÇÃO

Ao longo das formações deste ano, inúmeras foram às aprendizagens, nos deparamos com muitas conquistas, foi possível mesmo diante das dificuldades construir bons trabalhos, contudo ainda é percebido algumas resistências diante do novo, o que é comum, não é verdade?
Délia explica no livro Ler e Escrever na Escola: o Real, o Possível e o Necessário, que “o “novo” preocupa pelo simples fato de ser novo”. Às vezes temos que nos colocar no lugar do outro, “o “velho” tranquiliza apenas pelo fato de ser conhecido” o que talvez, seja o motivo de encontrarmos profissionais que temem arriscar-se em fazer a transposição dos conhecimentos teóricos adquiridos nas formações para suas práticas.
Sabemos que não é fácil para professor desencadear processos de reflexão sobre sua prática, por isso a importância da figura do formador. Para ele deparar com as mudanças nas práticas em sala de aula é fundamental reforçar a importância da formação contínua dentro da escola, como bem cita Imbernón “ é um processo que tem a finalidade de provocar a mudança, a melhora, a inovação e seja entendida como estratégia para mudança específica ou como estratégia de mudança organizativa. Porém para encontrar uma melhora, os professores tem que encontrar soluções para situações práticas; o professor precisa partir da prática para voltar a ela num processo de mudança”.

Claudiene D. da Silva

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

SEQUÊNCIA DIDÁTICA - Reescrevendo Notícias

Escola Chapeuzinho Vermelho

Gênero textual: notícia
Objetivos:
1.Conhecer a estrutura do gênero notícia;
2.Estabelecer relação do conteúdo da notícia com outros textos lidos;
3.Compreender e posicionar criticamente diante da notícia;
4.Revisar os textos coletivamente e em dupla.
5.Aproximar as crianças da linguagem escrita através da reescrita do gênero notícias coletivamente e em dupla.

Conteúdos:
1.Comportamento escritor
2.Reescrita de notícia

Público alvo: alunos do 1º ano
Tempo estimado: 1 mês
Possíveis destinatários: Alunos da turma
Produto final: As produções serão colocadas no mural da sala.
1ª etapa
1. Apresentação da sequência aos alunos e levantamento dos conhecimentos prévios sobre o gênero notícia.
2. Verificar se os alunos já tiveram contato com este portador de texto, levantar dados como: Se na turma tem alguma família que possui assinatura de jornal.Se já manusearam algum jornal.Se a turma conhece jornais da cidade. Quais? Manuseio de jornais e leitura feita pela professora de notícias.
4. Distribuição de jornais do Estado e do Município de Ariquemes, em dupla para as crianças observarem a data e o nome do jornal.
5. O professor também vai focar as características do gênero notícia.
2ª etapa

1.Roda de conversa sobre o gênero notícia.
2.Conversa informal sobre as notícias que os mesmos pesquisaram, perguntar como começa uma notícia, as diferenças entre contos, fábulas e notícia.
3.Logo após está conversa formar as crianças em dupla e solicitar que cada uma escolha uma notícia para ler, em seguida comentar com os colegas sobre o que leram, verificando as características do gênero.

3ª etapa
1.Leitura da notícia “LEILÃO DEREITO DE VIVER” retirado do site Ariquemes RO em seguida discutir as características do texto, como iniciou, sobre o que estava referindo o autor.
2.Reescrita coletiva de notícia de jornal ( professor como escriba ). Antes da escrita coletiva proporcionar uma conversa sobre o conteúdo da reescrita que trata-se da notícia sobre a eleição do novo Governador.
3.Revisão da reescrita coletiva.


4ª etapa

1. Reescrita em dupla sobre outra notícia.
2.Revisão da reescrita em dupla feita pelos alunos depois que passar a limpo montar o mural para ficar exposto na sala.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA LEITURA E REESCRITA DE LENDAS

Público alvo: 1º e 2º Anos – Escola Professor Levi Alves de Freitas
Obejetivo: Ler e reescrever lendas
1ª Etapa – Roda de conversa para saber o que as crianças sabem sobre o gênero lenda

2ª Etapa – Leitura de diversas lendas para familiarização do genêro.
3ª Etapa – Reescrita de algumas lendas escolhidas pelas crinaças tendo professor como escriba.
4ª Etapa – Revisão coletiva do texto reescrito coletivamente depois escrever em um cartaz para ser exposto para comunidade.
5ª Etapa – Exposição dos textos para comunidade escolar