Este ano percebemos um grande avanço no nosso grupo de coordenadores quanto algumas ações formativas. No início despontamos para uma reflexão das pautas de formação, a qual foi notório maior autonomia nas elaborações e desenvolvimentos. E agora depois dos encontros já iniciados em todas escolas percebemos por meio dos relatórios dos coordenadores quanto é importante ele ser autor de sua própria pauta, quanto os fazem sujeito mais reflexivos de suas próprias ações. Para compartilhar mais um recorte de um relatório de formação, só que desta vez da Coordenadora Flávia que despertou para uma discussão sobre o registro reflexivo.
Recorte do 1º relatório da coordenadora Flávia
O primeiro encontro Além da Letras foi realizado no dia quatorze de abril de dois mil e doze. Iniciei o encontro desejando boas vindas ao grupo de professoras e em seguida realizei a leitura da pauta.E para a leitura em voz alta escolhi o livro “A menina que roubava livros” de Zusak, Markusonde, conta a história de uma menina que sua vida foi marcada pela tragédia em uma época onde a Alemanha nazista era aterrorizante.A menina que roubava livros encontrou uma alegria de viver no prazer da leitura, uma história marcada pela dor e a poesia, escolhi esse livro porque foi algo que me emocionou e em muitos momentos vivenciei as alegrias e dores da pobre menina Lisel Meminger a menina que roubava livros. Em seguida fiz a leitura de um trecho do livro, em que relatava o momento do bombardeio onde todos se escondiam no porão e para acalmar e aliviar o medo e a dor, Lisel lia para todos... Logo após foi aberto espaço para a indicação de filmes, livros e eventos culturais.
Em sequência realizamos a primeira proposta onde foi aberto espaço para uma discussão sobre as aprendizagens evidenciadas em 2011. Como avanços as professoras apontaram que o maior foi o planejamento das palavras para realização do diagnostico e a compreensão melhor sobre o que dizem as escritas das crianças. De maior investimento apontaram a necessidade de aprender mais sobre o registro de sala de aula (algo que já havia percebido e proposto na pauta deste encontro) e reforçaram também que é importante continuar os estudos sobre o processo de construção da leitura e escrita pelo aluno para assim aprofundar mais sobre os pensamentos que elas fazem sobre sistema da escrita... Esse momento foi muito bom, pois houve uma troca de experiência entre as professoras e vimos o quanto já progredimos no ano de 2011 em relação a ao planejamento do diagnóstico. Esse momento de reflexão contribuiu para que todo o grupo relembrasse as condições necessárias para realizar um diagnóstico confiável....
Em outro momento da pauta analisamos e refletimos sobre o registro reflexivo e para tal realizei uma sondagem com as professoras para verificar o que sabiam sobre o assunto. Lancei a questão: Como você definiria um registro reflexivo? Algumas respostas:
· É um texto que registramos os acontecimentos e o que precisa melhorar;
· É um relatório que anotamos o desenvolvimento do aluno;
· Se torna um documento importante;
· O registro auxilia o professor a avaliar o aluno e a própria pratica do professor
Percebe-se que nem todas as professoras enxergam o registro como instrumento reflexivo em que reflete sua própria ação. Para continuar entreguei a cada professora dois registros sendo um reflexivo em que poderíamos entender como foi o desenvolvimento da aula, o conteúdo e as aprendizagens dos alunos e ainda uma compreensão melhor do professor sobre sua própria ação e o outro registro que apenas relatava os acontecimentos da aula. Em duplas solicitei que analisassem os registros perseguindo as seguintes questões: 1.Qual dos registros permitem uma analise da aprendizagens dos alunos? 2.Qual testemunha melhor o trabalho desenvolvido pela professora? Por quê? 3. Em que aspecto o registro deixa de ser burocrático e passa a ser um instrumento de reflexão pelos professores? O que é indispensável na elaboração de um registro reflexivo?
Diante da análise e discussão percebi que ao comparar os dois registros puderam perceber qual tinha mais visibilidade, assim todas consideraram o registro 2 o mais reflexivo porque permitiu compreender melhor o momento da aula da professora, ficou visível como ela interviu para os alunos avançarem, também levantava as dificuldades que os alunos apresentaram e porque, outro fator destacado foi os apontamentos se seus encaminhamentos ajudaram atingir ou não o objetivo. Na verdade todas consideraram o registro 2 o melhor porque descrevia e apresentava maior reflexão da prática em sala de aula e assim chegamos uma conclusão que deixa de ser um instrumento burocrático quando compreendemos que ele também é um instrumento que perpassa a uma mera exigência escolar quando entede-se que é uma ferramenta que auxilia no planejamento escolar desde que o professor se propõe a descreve o que vivenciou de maneira a apresentar tanto conteúdo, objetivo, desenvolvimento e suas reflexões pessoais e de que forma as aprendizagens chegaram nos alunos isso são pré- reqisito para torná-lo mais reflexivo o que também dependerá de muita prática .
Essa proposta gerou uma discussão reflexiva sobre o registro onde ao final salientei que o registro não deve ser encarado como algo burocrático, mas sim um instrumento para organizar, analisar e reavaliar sua pratica....
Vejo que o grupo muito aprendeu sobre registro, mas é preciso agora contextualizar essa aprendizagem na prática. E como tarefa para o próximo encontro solicitei um registro reflexivo a qual sugeri algumas dicas como a escolha de uma atividade que atendessem as necessidades da turma, levando em consideração a hipótese que o grupo se encontrava assim pedi desenvolvessem a atividade com a turma e registrassem as intervenções, bem como o que as crianças pensaram, anotando tudo para assim elaborarem o registro, e na próxima formação socializaremos...