domingo, 27 de novembro de 2011

COMO FOI A TEMATIZAÇÃO DA PRÁTICA COM A COORDENADORA FLAVIA

COORDENADORA: FLAVIA ROBERTA ZAGO
PROFESSORA: Malvina
1ºANO A


FOCO DA ANÁLISE DA COORDENADORA: Intervenção da professora

CONVERSA ENTRE A FORMADORA LOCAL E COORDENADORA

Avanços apontados na prática da professora no momento da tematização:
• Escolheu palavras pertencente ao um grupo semântico .
• Começou da palavra maior polissílabo para monossílaba palavra menor.
• Solicitou a leitura após a escrita da criança.
• Não silabou as palavras.
• Classificou a criança na hipótese correta.

Desafios a apontar durante a conversa com a professora

• Considerar o pensamento da criança, algumas perguntas faz a criança entender que a sua escrita está incorreta simplesmente, o que a leva a escrever aleatoriamente sem que a faça repensar sobre sua escrita.
• Refletir com a professora o porquê a professora solicitou a leitura de todas as palavras ao final do diagnóstico mesmo que a criança já havia feito a leitura no decorrer de cada palavra escrita. E com Isso chegamos ao seguinte questionamento: Porque Kaique não conseguiu ler as palavras quando a professora solicitou a leitura de todas as palavras após escrever a ultima palavra?

Devolutiva com a professora

A devolutiva com a professora Malvina iniciou-se como meu agradecimento a ela pela oportunidade de permitir gravar situação da realização do diagnóstico com o aluno Kaique Bispo e pela abertura que estava dando a fazer a devolutiva. Em seguida coloquei o vídeo pra que assistíssemos.

Para iniciar a conversa perguntei após assistirmos ao vídeo se ela faria algo de diferente após assistir sua prática, uma vez que após a filmagem já passamos por alguns momentos de estudos nas formações e que talvez tenha ampliado seu conhecimentos sobre a leitura e escrita pelo aluno.
A professora foi logo dizendo:
• Que poderia pedir para a criança ir grafando a escrita logo no momento da leitura.
• E que faria o diagnóstico de forma mais solta para a criança ficar mais a vontade e não tão travado.

Com o foco de fazê-la refletir sobre suas intervenções, embora as situações acima também poderia estar em discussão, optei por problematizar a intervenção e para reflexão perguntei - Porque pediu para que o aluno escrevesse a palavra QUEIJO várias vezes? Quando perguntou ao aluno você tem certeza por diversas vezes o que leva a ele a pensar?
A professora Malvina falou – “Poxa é verdade eu pedi para escrever várias vezes nem percebi isso, quando pedia ele deveria estar pensando que algumas coisa estava errado, mas não sabi o que.Fiz muitas perguntas que na verdade que deixou ele na dúvida sobre sua escrita de certa forma induzi kaique a escrever do jeito que eu achava melhor”. Aproveitei e comentei que a intervenção deve ser feita para fazer a criança repensar sobre sua escrita, e da forma como fez as intervenções mesmo que inconsciente acabou induzindo a criança a aumentar a quantidade de letras isso até interfere sobre o pensamento que a criança tem sobre a escrita. Conversei que neste momento é preciso deixar a criança refletir sobre o que escreveu não com perguntas por diversas vezes (você tem certeza? Você tem certeza?...) assim leva o aluno a mudar sua escrita simplesmente para agradar o que a professora quer, não colocando realmente suas ideias sobre a escrita, as duas situações deixava o aluno a pensar que alguma coisa não estava certa.

Como fazer a partir de agora?

Ela respondeu – “ vou evitar esse tipo de pergunta por diversas vezes em que força o aluno a escrever o que eu desejo não expressa o conhecimento que realmente tem, assistindo ao vídeo vi que influenciei no acerto ou no erro do aluno. Fazendo o diagnóstico nem percebi isso.”

Quais seriam a melhores intervenções em sua opinião?

A professora disse “a melhor intervenção é a que ajuda a criança a pensar sobre o que escreveu, não aquela dá resposta e nem deixar em dúvida”. Depois a professora deu risada e disse que não foi muito bom o diagnóstico. Disse a ela que vamos aprendendo com nossa prática e que estava de parabéns, pois percebeu muita coisa e que através da tematização é que conseguimos um resultado tão positivo. Ela concordou e falou que de início ficou apreensiva em ser filmada, mas viu como é bom ver a sua prática. Agradeci pela oportunidade e parabenizei pelo trabalho que vem realizando.

Devolutiva com a formadora Claudiene

A devolutiva com a formadora Claudiene foi muito importante para esse trabalho. Apontamos os pontos positivos e pontos a serem melhorados na prática da professora Malvina. Depois de conversarmos decidimos que as intervenções da professora seria o foco de discussão com ela. Concordei porque realmente a professora induziu o aluno a escrever da maneira que ela achava que era correta. A formadora ainda alertou que ao conversar com a professora era preciso iniciar falando dos pontos positivos e isso me ajudou muito a fazer uma lista dos avanços que a professora alcançou e logo após falar dos pontos que precisavam ser melhorados. Essa devolutiva me ajudou a perceber que análise da prática através de vídeo é melhor jeito de dar um novo contexto a prática da professora.
Na próxima conversa vamos tratar porque Kaique não conseguiu ler as palavras quando a professora solicitou a leitura de todas as palavras após escrever a última palavra? Isso tem haver com a hipótese em que ele se estava e com a concepção da professora, mas ficou para próxima análise, penso que é preciso ir com calma quando se tematiza uma prática.

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