quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Recorte do registro do 4º Encontro da Coordenadora Flávia

      “Passamos para a primeira proposta do encontro onde realizamos a retomada do encontro anterior. Iniciei perguntando: quais foram às aprendizagens a partir da última discussão sobre o conteúdo leitura e escrita pelo aluno       Logo a professora Solyana   relatou que  o que compreendeu   que as atividades que geram boas situações de aprendizagem  são aquelas que levam as crianças a pensarem sobre o sistema de escrita. Aproveitei para falar que durante os planejamentos observei que grande parte das professoras estavam se questionados em relação a algumas atividades e algumas perguntas começaram a fazer parte de suas rotinas no momento do planejamento tais como: será que essa atividade seria  boa  para turma, quais desafios ela promove?  Essa atividade atenderá a todos os meus alunos?   Essa atividade é boa para os alfabéticos e o que fazer para os silábicos?  Será que essa atividade ajudará os alunos a refletirem sobre o sistema de escrita?  Presenciando esses questionamento fiquei feliz porque vejo que de alguma forma as discussões estão chagando no planejamento e consequentemente na sala de aula, me deixando mais certa  que  esse é o papel da formação reconstruir novos saberes para que possamos ressignificar nossa prática.  Logo em seguida a professora Marlene  relatou como foi difícil ouvir que não era  muito bom trabalhar com grade que ela não permite que  os pequenos tomem decisões sobre como escrever desconsiderando os seus  verdadeiros conhcecimentos, na verdade a atividade só  cumpre uma exigência de colocar as letras nos quadradinhos, algo que lança fora todo conhecimento da criança e tirando todo poder de decisão de quantas letras usar.Nesse momento  compartilhei que também trabalhava assim  e  considerava  como se  isso fosse o máximo, mas  que   agora estamos tendo a oportunidade de refletirmos sobre as atividades que geram mais aprendizagens  o que realmente leva o aluno a pensar  a construir seus conhecimentos. Assim finalizamos essa proposta,  percebo que a maioria  das professoras  compreenderam quando uma atividade gera uma boa situação  de aprendizagem para o aluno,  e que para isso é preciso garantir boas situações didáticas para que as crianças reflitam sobre a escrita, a qual possa colocar em jogo tudo que sabem. Mesmo diante das reflexões e aprendizagens sobre o conteúdo ainda há uma minoria que  utiliza várias atividades sem pensar no que é desafiante para o aluno, penso que o motivo esta mais relacionado pelo medo  do que pela resistência...."

domingo, 26 de agosto de 2012

Livro didáto/Projeto didático.Suas contribuições.

     Recorte retirado do relatório das Coordenadoras Cleuza e Leticia da Escola Professor Levi


  “Depois da retomada do encontro anterior reservamos um momento para que os professores analisassem detalhadamente os livros didáticos, cada professor analisando os livros do ano correspondente.
        Os professores de 3º ao 5º ano observaram as propostas de produção de textos a fim de identificar se ofereciam ou não condições didáticas para que os alunos se aproximem da linguagem que se usa para escrever com propósitos comunicativos definidos.
        Os professores  de 1º e 2º ano a análise consistia em observar se no livro didático apresentava ou não propostas de atividades em que proporcionassem condições didáticas necessárias para que o aluno reflita sobre o sistema de escrita, se as atividades estão inseridas num contexto real ou somente são atividades escolarizadas, soltas, desvinculas de um contexto real.
        Observando a análise dos professores, a princípio achavam que os livros que analisaram garantiam sim condições suficientes para os alunos serem bons leitores e escritores, tanto para os grupos que analisavam o conteúdo  produção quanto para os que analisavam o conteúdo sobre a reflexão da língua. Mas aos poucos, através das intervenções feitas, nós, puderam analisar mais a fundo e observar que em sua maioria, nos livros observados as atividades de produção de texto nem sempre apresentam as características necessárias do gênero textual para que o aluno desenvolva textos de qualidade,  pois trazem propostas pobres, escolarizadas, desvinculadas de um contexto onde as crianças poderão seguir uma linha de raciocínio e assim produzir um texto de qualidade, uma grande ausência de um propósito comunicativo, apresentam mais imagens, não aprofundam as características do gênero e quase sempre não definem a função comunicativa e destinatário. Comentamos também que limita o conhecimento do aluno, pois não abre espaço para que ele pense sobre o que e como vai escrever, os subsídios oferecidos para isso são poucos. Assim nos perguntamos como tornar o aluno um bom produtor de texto oferecendo poucas condições didáticas? A professora Andréia colocou sobre a importância de realizar esta análise mais aprofundada em relação a escolha do livro, que não tinha se atentado a isso, principalmente em relação a produção de texto.
        Na análise realizada pelos professores de alfabetização observamos que os mesmos por si só conseguiram identificar atividades inseridas no livro que  traziam pouca ou quase nenhuma aprendizagem aos alunos. Tais como, circular a letra inicial, pintar a vogal, cobrir pontilhados e outros.
         A professora Marisa comentou que algumas atividades no livro em que pesquisou não traziam desafios aos alunos. Então enfatizamos que alguns limitam a aprendizagem, por não dar liberdade a criança de construir sozinha suas hipóteses de escritas, trazem atividades isoladas, sem nenhum propósito claro, e em sua maioria não abre espaço para que a criança exponha o que sabe, trazendo atividades ultrapassadas de  fixação de vogais, consoantes ou identificação de letras. A professora Leidyjane  comentou também que no livro  analisado por elas apresentavam atividades mais voltadas para o método silábico, explorando as silabas separadamente, fugindo da proposta que trabalhamos que é pela concepção construtivista.
       Encerrando os comentários lançamos a seguinte pergunta aos professores: O livro didático pode ser usado como única fonte de apoio ao professor? Justifique.
      Todos comentaram que não, pois não  oferecem condições  didáticas necessárias para que garanta aos alunos uma aprendizagem de qualidade, e que o livro deve ser apenas um suporte a mais para o professor planejar suas aulas. Enfatizamos também que as atividades são bastante superficiais, sem uma sequência didática, não se aprofundam em relação ao conteúdo estudado, principalmente quando o assunto é produção de texto em que o gênero deve ser trabalhado de forma com que o aluno se familiarize com ele e possa revelar suas características em suas produções textuais.
     Cessando a discussão sobre o livro didático solicitamos aos professores a análise dos projetos didáticos, tendo como objetivo construir condições para que os professores pudessem identificar a diferença de se trabalhar com atividades soltas das que envolvem uma sequencia de atividade qual apresenta um  contexto  real.
     Para esse momento de reflexão questionamos: De que forma as atividades foram encaminhadas nos projetos didáticos que entregamos? Qual a diferença das atividades apresentadas no livro didático com as propostas das atividades apresentadas nos projetos didáticos? E também ao analisarem os livros e os projetos, em qual das situações era possível identificar a progressão dos desafios?
         Ao socializarmos, observamos que os professores notaram como é mais vantajoso trabalhar utilizando um veículo de aprendizagem mais completo, onde os desafios são apresentados de forma crescente, de acordo com o conhecimento adquirido pelo aluno ao longo do processo.
          A professora Danyleni colocou que as atividades desenvolvidas nos projetos são mais completas, pois  trazem maior desafio aos alunos e assim conseguem aprender  mais rápido.  Acrescentamos que nos projetos e sequencia didáticas as atividades são organizadas  e planejadas de forma que cada passo realizado os desafios são aumentados  gradativamente, já nos livros didáticos as atividades em sua maioria apresentam–se isoladas.
       Notamos que através das discussões e comparações entre as duas situações apresentadas os professores entenderam que dentro de um projeto didático a possibilidade de aprendizagem é bem mais completa e significativa para o aluno, pois promove a oportunidade de maior reflexão sobre o sistema de escrita e aproximação das crianças da linguagem escrita deixa  claro as funções comunicativas facilitando o aprendizado do aluno.
       Finalizando o encontro, sugerimos como tarefa  que escolhessem um dos projetos didáticos apresentados nesta formação para desenvolverem com seus alunos fazendo as adaptações necessárias para socializarmos o resultado final no próximo encontro de formação.
       Enfim, foi um encontro proveitoso, percebemos o interesse dos professores em inovar suas metodologias e temos certeza de que este encontro desenvolveu neles a preocupação em analisarem detalhadamente os livros que oferecerão aos seus alunos durante alguns anos .”

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Atividade de Auditório




Para que a criança reflita sobre a escrita é importante que ela seja desafiada pelas atividades que envolvam análises e reflexões sobre a língua escrita e a atividade de auditório quando bem planejada atende essa perspectiva.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Atividade de auditório


Para que a criança reflita sobre a escrita é importante que ela seja desafiada pelas atividades que envolvam análises e reflexões sobre a língua escrita e a atividade de auditório quando bem planejada atende essa perspectiva.

Escrever para aprender

Vídeo indicado para a elaboração da pauta de formação ADL


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Formação  continuada como mecanismo de valorização do profissional e de aprimoramento de sua prática

Nos últimos anos, as práticas de ensino de língua portuguesa vêm sendo objeto de reflexão de muitos coordenadores e professores da rede Municipal de Ariquemes por meio da formação continuada do Programa Além das Letras.
Um grande resultado dessa formação foi reconhecimento a nível nacional da coordenadora Eliane de Araújo Teixeira, uma dos coordenadores participantes que ficou entre os 55 (cinquenta e cinco) finalistas do concurso Prêmio Victor Civita, sendo entre os 5 finalistas na categoria Gestor Nota 10, com desenvolvimento do projeto “Reflexão sobre o diagnóstico”.
O projeto  partiu da necessidade de discutir com os professores as condições didáticas necessárias para a realização do diagnóstico na alfabetização inicial.  Para que seus professores pudessem desenvolver diagnóstico confiável que de fato apontassem os conhecimentos das crianças sobre a escrita organizou as seguintes ações: Formação com os professores; Conversa individual; Análise dos diagnósticos realizados pelos professores; Utilização da estratégia tematização da prática; Observação da prática do professor realizando diagnóstico; Análise dos diagnósticos dos alunos.
 Ao conclui o projeto tornou-se evidente quanto as professoras avançaram em seu conceitos e que agora preocupam-se em  investigar mais os pensamentos das crianças e em proporcionar as condições necessárias para os alunos refletir e avançar no sistema de escrita.
Com a mudança na prática das professoras os alunos  apresentaram as seguintes de resultados:
Diagnóstico Inicial- fevereiro 2012

P.S
S..S.V.S
S.C.V.S.
S.A
ALF.
49
06
20
28
15




Diagnóstico Final – junho de 2012
P.S
S..S.V.S
S.C.V.S.
S.A
ALF.
09
17
24
23
35




            Também se inscreveram para o prêmio:

Participantes
Escola
Nome do Projeto
Eloides

Roberto Turbay
Reescrita de clássicos infantis – Categoria Professor Nota 10

Eulijanes

Profa. Eva dos Santos
Contadores de Causos Amazônicos - Categoria Professor Nota 10

Flávia

Chapeuzinho Vermelho
Inclusão do cálculo mental como prática reflexiva – Categoria Gestor Nota 10
Lindinalva

Prof. Venâncio Kottwitz
Cantigas de roda - Categoria Professor Nota 10

Margareth

Jorge Teixeira
Reescrita do conto João e Maria - Categoria Professor Nota 10


Naiane

Chapeuzinho Vermelho
Autobiografia: Descrevendo e me conhecendo - Categoria Professor Nota 10

Osvanilda
Jorge Teixeira
Formando Produtores de Texto - Categoria Gestor Nota 10
Rosineide

Chapeuzinho Vermelho
Ler com prazer se aprender a escrever - Categoria Professor Nota 10


Durante o  processo de seleção, 2 (duas)  professoras e 2 (duas) coordenadoras foram pré-selecionados. Assim, passaram por entrevistas via telefone e, ao final, os selecionadores solicitaram alguns materiais que comprovassem as experiências desenvolvidas e a aprendizagem dos alunos. Os 4 (quatro) pré-selecionados foram: Eulijanes, Margareth, Osvanilda e Eliane.

Consideramos que todos os trabalhos merecem nossos parabéns, todos são dignos de felicitações, pois  foram desenvolvidos com intuito de formar alunos leitores e escritores.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

TRECHOS RETIRADOS DOS REGISTROS DAS COORDENADORAS DE NOSSAS ESCOLAS - CONTEÚDO LEITURA E ESCRITA PELO ALUNO


Trecho retirado do 2º relatório da coordenadora Sirlene – Escola Pingo de Gente
“...Prosseguimos para  segundo momento entregando aos professores uma lista contendo cópias de atividades desenvolvidas nas turmas de alfabetização, onde tinham como desafio  analisá-las pensando nas duas questões norteadoras como: O que as atividades tem em comum? E se elas são consideradas como uma boa situação de aprendizagem?
Na socialização as professoras apontaram inicialmente que as propostas eram soltas, mas ainda consideravam como uma boa situação de aprendizagem. Depois de todas as colocações das professoras fiz alguns questionamentos como: nas turmas temos alunos de diferentes saberes essas as atividades apresentadas conseguem abranger todos? E  elas  a promovem reflexão sobre  o sistema de escrita? Elas responderam que não, principalmente os que se encontram na hipótese pré-silábica devido à maioria das atividades estarem contemplando mais alunos que estão na hipótese alfabética. Quando levantei essas questões  elas puderam refletir melhor e que realmente é preciso assegurar para que os alunos possam avançar no sistema da escrita, assim puderam reavaliar as situações didáticas e que algumas vezes nem apresentam desafios aos alunos algo que se torna fundamental quando queremos formar leitores e produtores de texto...
O terceiro momento tinha como propósito reforçar o que já tínhamos discutido no segundo momento, porém a situação analisada tratava de assistir um vídeo que abordava uma atividade de auditório, na comparação com as primeiras atividades às professoras puderam perceber que uma atividade aparentemente simples trouxe para as crianças:
·       Momento de interação uma com as outras a qual comunicavam seus saberes.
·       Essa atividade da forma como foi conduzida chamando primeiro uma criança não alfabética e no final alfabética possibilitou  as crianças uma análise e comparação de escrita, assim puderam perceber diferentes formas de escritas contribuindo para evolução de escrita de uma aluna.
·       Outro item considerável é que a proposta está inserida dentro de um projeto didático.
 Concluímos que uma boa situação de aprendizagem é aquela em que as crianças podem colocar em jogo tudo que sabe e entre a situação1 e a situação 2 a que  mais se aproxima  é a atividade de auditório.”




Trecho retirado do 2º relatório da coordenadora Leticia – Escola Professor Levi Alves de Freitas
            “...Depois da retomada do encontro anterior e apresentação da tarefa foram distribuídas as atividades selecionadas por mim, que geralmente são utilizadas em sala de aula para pensarem sobre a eficácia das mesmas, se quando trabalhadas abrangem todas as crianças que estão em diferentes hipóteses de escrita, se fazem realmente a criança pensar sobre sua escrita, no início da análise achavam que sim, mas quando questionadas uma por uma fazendo análise começaram a pontuar cada atividade colocando as “falhas” que apresentavam. No caça- palavras observaram que não garantia aprendizado para todos os alunos, que os alfabéticos não encontrariam desafio nessa atividade, induzia a criança ao acerto e que estava voltada mais para o método silábico devido as palavras serem todas com a letra C. Na segunda atividade, a listagem de nomes, observaram que serve para todas as hipóteses, que cada um faria sua construção, mas houve uma discussão no sentido que era muito extensa, era cansativa para a criança, concluíram que a lista é uma atividade ótima mas quando desenvolvida em um sequencia de atividades. Já na terceira atividade, salada de sílabas,  entenderam que não alcançam os pré- silábicos, não traz desafios para os alfabéticos, ainda pontuaram que é uma atividade do método silábico camuflado.
           Durante essa discussão houve momentos de aceitação das colocações da maioria dos professores, mas também houve indignação, pois são atividades que fazem parte da rotina do professor, houve até o questionamento de uma professora que colocou após a análise das atividades “ então os livros estão todos errados? como pode depois de tanto tempo que vem trabalhando esse linha, o construtivismo, e eles ainda trazem atividades inadequadas.” De uma forma sutil, pontuei que sabemos disso, por isso a necessidade do professor ao planejar suas aulas levar em conta se a atividade vai abranger todas as crianças, se irá fazer a criança refletir sobre a escrita, se todas podem avançar com aquela atividade, ele terá que ser criterioso na escolha de atividade, pois a melhor é a que possibilita a criança colocar em jogo o que sabem e que apresentam um contexto significativo a sua escrita, exemplo a cruzadinha. Para que o aluno vai fazer a cruzadinha? Que sentido tem para os alunos preencherem os quadradinhos? Algumas vezes via simplesmente só satisfazem o professor quando o  alfabético preenche e assinalar o erro para os não alfabéticos.
          Ao encerrar a reflexão sobre a qualidade das atividades apresentadas a coordenadora deu inicio a apresentação do vídeo que apresentava uma atividade de auditório, deixando que assistissem, pontuado o que acharam importante para que depois possamos comentar  a análise, durante o vídeo foi observado a atitude dos professores, já fazendo comentário sobre os avanços das crianças, a forma como a professora conduzia a atividade.
          No momento reservado para a reflexão do vídeo colocaram que observaram que a professora escolheu uma atividade que contemplava a todos os saberes, o que acharam mais importante foi ver que a professora sempre levava ao quadro os alunos não alfabéticos para depois chamar os alfabéticos. Acharam interessante a situação utilizada pela professora e apontaram que  a criança consegue avançar observando a escrita de um colega que está numa hipótese a mais que a sua, especialmente, ANA, que cada vez que ia ao quadro sua escrita apresentava avanço, o que levaram a considerar que a intervenção da professor foi um fator importante quando os convidavam a comparar a escrita uma com as outras.
          Concluímos que aprendemos muito, um fator evidente que podemos reafirmar é o comentário de uma professora que pensava que o correto já era chamar o alfabético primeiro, economizava tempo, pois o aluno na hipótese a menos  demora muito no quadro, que para ela foi um grande aprendizado entender que o que precisamos é fazer os alunos refletirem sobre o sistema da escrita. E aí perguntamos: A atividade é para  saber qual é a escrita certa ou  é  promover a reflexão sobre o sistema da escrita para as crianças avançarem em seus conhecimentos?...Enfim, chegamos ao final do encontro, foi bem produtivo, muitas concepções estão sendo revistas, estão passando por questionamentos, sabemos que o resultado desses momentos de reflexões irão surtir efeito lá, com nossas crianças...”    





Trecho retirado do 2º relatório da coordenadora Flávia – Escola Chapeuzinho Vermelho
            “...No encontro passado as professoras trouxeram algumas atividades que realizaram com seus alunos em sala de aula e que consideravam boas situações de aprendizagens. Com o material em mãos selecionei duas atividades bem comuns nas turmas e levei para esse 2º encontro para que refletissem sobre ela, reuni as professoras em grupo para análise das atividades. As atividades analisadas foram: uma cruzadinha onde solicitava as crianças colocarem o nome dos desenhos onde eram cômodos de uma casa e a outra atividade era um texto “ Orelhinha, o coelho Comilão”  e a letra não era palito. Com as atividades em mãos solicitei que analisassem as a partir das seguintes questões:  O que a atividade tem em comum?  Porque essas atividades são consideradas boas situações de aprendizagens? Atende os diferentes conhecimentos das crianças? 
        Logo uma professora defendeu que a cruzadinha é uma boa atividade e a discussão gerou em torno disso até que outra professora complementou dizendo “ Gente nem todas as atividades são boas para todos os alunos temos que ter cuidado qual dá mais condições para as crianças escreverem”. Aproveitei a fala da professora  para acrescentar que o  objetivo dessa proposta em nenhum momento era dizer o que está errado ou certo, mas para que nós enquanto professoras possamos refletir sobre quais as atividades contribuem para  que as crianças avancem e pensarem  sobre sistema de leitura escrita,  e que nos darão o suporte em escolher qual atividades apresenta uma boa situação de aprendizagem e saber os conhecimentos de nossos pequenos.
        Outra professora   logo comentou “ penso que atividade do texto também não é tão boa, pois traz um texto sem muito sentido”, outras professoras também concordaram. Então perguntei: E a letra é adequada para trabalhar com os alunos que estão iniciando a alfabetização? Concluíram que  o certo seria letra palito. O que ficamos nos perguntando se sabemos disso porque as oferecemos aos nossos alunos?
Logo outra professora foi dizendo disse “ muitas vezes pensamos apenas em um grupo de alunos e acabamos esquecendo os outros alunos, geralmente nos alfabéticos, porém as atividades para eles também não permitem desafios”  Em seguida voltei a fala das professoras onde um grupo percebeu que as atividades eram soltas, falei que era isso mesmo que temos que ter cuidado pois em alguns casos as atividade ficam fragmentas sem sentido, o bom é oferecer situações em que as crianças possam estarem inseridas em um contexto real. Foi onde uma professora  complementou “bom se trabalhamos com projetos e  sequências assim faz sentido” ressaltei a fala da professora e falei que era isso mesmo a nossa proposta é trabalhar de forma que seja significativa para o  aluno e que levem os pequenos a avançarem seus conhecimentos sobre o sistema de escrita e leitura e com boas situações de aprendizagens eles podem se tornar melhores leitores e escritores...”
Em seguida pontuei algumas observações juntamente com as professoras:
·       O importante não é quantidade de tarefas, mas sim a qualidade;
·       Nem sempre atividade da colega da sala ao lado será boa para meus alunos;
·       Quando planejamos temos que levar em consideração a hipótese de todos os alunos;
·       Uma pergunta importante fazer na hora do planejamento “o que os meus alunos aprenderão com essa atividade”? Que desafio essa atividade apresenta para meu aluno? É evidente que para isto temos que conhecer os saberes de cada criança.
        
          As discussões foram pertinentes pude observar que houve uma inquietação por parte das professoras. Entendo que derrubar as “paredes” antigas para dar lugar a “paredes” novas é bem difícil, mas a caminhada até aqui tem sido grandiosa, outro dia logo após a formação percebi que duas professoras estavam em uma conversa, uma perguntava para outra:
-Será que essa atividade é boa situação de aprendizagem?
A outra respondeu:
-Não sei, será que atenderá a todos os alunos?

        Vejo que sementinha foi plantada, agora é reforçar o conhecimento sobre quais atividades oferecem melhores condições didáticas e quais geram reflexão para as crianças.
       Com propósito de ainda refletir sobre as atividades passei um vídeo de atividade de auditório. Eles teriam que observar a atividade e pensar na questão: O que os alunos estão aprendendo nesta  atividade? Todas foram unânimes em dizer que a atividade de auditório proporcionou as crianças momento de reflexão sobre o sistema de escrita.            Já a  segunda questão:  O que aconteceria se chamasse a lousa uma criança com escrita alfabética no primeiro momento? O que a professora busca nessa atividade a escrita correta das palavras ou abrir espaço para as crianças refletirem sobre o que escrevem? Como as crianças são provocadas a refletir? O grupo chegou à decisão que se as crianças alfabéticas escrevessem primeiro inibiriam a escrita das crianças que se encontram na hipótese não alfabética, ou talvez, até  copiariam a escrita sem colocar em jogo o que sabem. Também comentaram que a professora do vídeo busca abrir espaço  para que as crianças reflitam  sobre o sistema de escrita fato que fica evidente quando  as deixa arriscarem suas hipóteses de escrita  na lousa e quando a professora faz algumas intervenções que colocam as crianças para compararem as escritas...