segunda-feira, 18 de junho de 2012

TRECHOS RETIRADOS DOS REGISTROS DAS COORDENADORAS DE NOSSAS ESCOLAS - CONTEÚDO LEITURA E ESCRITA PELO ALUNO


Trecho retirado do 2º relatório da coordenadora Sirlene – Escola Pingo de Gente
“...Prosseguimos para  segundo momento entregando aos professores uma lista contendo cópias de atividades desenvolvidas nas turmas de alfabetização, onde tinham como desafio  analisá-las pensando nas duas questões norteadoras como: O que as atividades tem em comum? E se elas são consideradas como uma boa situação de aprendizagem?
Na socialização as professoras apontaram inicialmente que as propostas eram soltas, mas ainda consideravam como uma boa situação de aprendizagem. Depois de todas as colocações das professoras fiz alguns questionamentos como: nas turmas temos alunos de diferentes saberes essas as atividades apresentadas conseguem abranger todos? E  elas  a promovem reflexão sobre  o sistema de escrita? Elas responderam que não, principalmente os que se encontram na hipótese pré-silábica devido à maioria das atividades estarem contemplando mais alunos que estão na hipótese alfabética. Quando levantei essas questões  elas puderam refletir melhor e que realmente é preciso assegurar para que os alunos possam avançar no sistema da escrita, assim puderam reavaliar as situações didáticas e que algumas vezes nem apresentam desafios aos alunos algo que se torna fundamental quando queremos formar leitores e produtores de texto...
O terceiro momento tinha como propósito reforçar o que já tínhamos discutido no segundo momento, porém a situação analisada tratava de assistir um vídeo que abordava uma atividade de auditório, na comparação com as primeiras atividades às professoras puderam perceber que uma atividade aparentemente simples trouxe para as crianças:
·       Momento de interação uma com as outras a qual comunicavam seus saberes.
·       Essa atividade da forma como foi conduzida chamando primeiro uma criança não alfabética e no final alfabética possibilitou  as crianças uma análise e comparação de escrita, assim puderam perceber diferentes formas de escritas contribuindo para evolução de escrita de uma aluna.
·       Outro item considerável é que a proposta está inserida dentro de um projeto didático.
 Concluímos que uma boa situação de aprendizagem é aquela em que as crianças podem colocar em jogo tudo que sabe e entre a situação1 e a situação 2 a que  mais se aproxima  é a atividade de auditório.”




Trecho retirado do 2º relatório da coordenadora Leticia – Escola Professor Levi Alves de Freitas
            “...Depois da retomada do encontro anterior e apresentação da tarefa foram distribuídas as atividades selecionadas por mim, que geralmente são utilizadas em sala de aula para pensarem sobre a eficácia das mesmas, se quando trabalhadas abrangem todas as crianças que estão em diferentes hipóteses de escrita, se fazem realmente a criança pensar sobre sua escrita, no início da análise achavam que sim, mas quando questionadas uma por uma fazendo análise começaram a pontuar cada atividade colocando as “falhas” que apresentavam. No caça- palavras observaram que não garantia aprendizado para todos os alunos, que os alfabéticos não encontrariam desafio nessa atividade, induzia a criança ao acerto e que estava voltada mais para o método silábico devido as palavras serem todas com a letra C. Na segunda atividade, a listagem de nomes, observaram que serve para todas as hipóteses, que cada um faria sua construção, mas houve uma discussão no sentido que era muito extensa, era cansativa para a criança, concluíram que a lista é uma atividade ótima mas quando desenvolvida em um sequencia de atividades. Já na terceira atividade, salada de sílabas,  entenderam que não alcançam os pré- silábicos, não traz desafios para os alfabéticos, ainda pontuaram que é uma atividade do método silábico camuflado.
           Durante essa discussão houve momentos de aceitação das colocações da maioria dos professores, mas também houve indignação, pois são atividades que fazem parte da rotina do professor, houve até o questionamento de uma professora que colocou após a análise das atividades “ então os livros estão todos errados? como pode depois de tanto tempo que vem trabalhando esse linha, o construtivismo, e eles ainda trazem atividades inadequadas.” De uma forma sutil, pontuei que sabemos disso, por isso a necessidade do professor ao planejar suas aulas levar em conta se a atividade vai abranger todas as crianças, se irá fazer a criança refletir sobre a escrita, se todas podem avançar com aquela atividade, ele terá que ser criterioso na escolha de atividade, pois a melhor é a que possibilita a criança colocar em jogo o que sabem e que apresentam um contexto significativo a sua escrita, exemplo a cruzadinha. Para que o aluno vai fazer a cruzadinha? Que sentido tem para os alunos preencherem os quadradinhos? Algumas vezes via simplesmente só satisfazem o professor quando o  alfabético preenche e assinalar o erro para os não alfabéticos.
          Ao encerrar a reflexão sobre a qualidade das atividades apresentadas a coordenadora deu inicio a apresentação do vídeo que apresentava uma atividade de auditório, deixando que assistissem, pontuado o que acharam importante para que depois possamos comentar  a análise, durante o vídeo foi observado a atitude dos professores, já fazendo comentário sobre os avanços das crianças, a forma como a professora conduzia a atividade.
          No momento reservado para a reflexão do vídeo colocaram que observaram que a professora escolheu uma atividade que contemplava a todos os saberes, o que acharam mais importante foi ver que a professora sempre levava ao quadro os alunos não alfabéticos para depois chamar os alfabéticos. Acharam interessante a situação utilizada pela professora e apontaram que  a criança consegue avançar observando a escrita de um colega que está numa hipótese a mais que a sua, especialmente, ANA, que cada vez que ia ao quadro sua escrita apresentava avanço, o que levaram a considerar que a intervenção da professor foi um fator importante quando os convidavam a comparar a escrita uma com as outras.
          Concluímos que aprendemos muito, um fator evidente que podemos reafirmar é o comentário de uma professora que pensava que o correto já era chamar o alfabético primeiro, economizava tempo, pois o aluno na hipótese a menos  demora muito no quadro, que para ela foi um grande aprendizado entender que o que precisamos é fazer os alunos refletirem sobre o sistema da escrita. E aí perguntamos: A atividade é para  saber qual é a escrita certa ou  é  promover a reflexão sobre o sistema da escrita para as crianças avançarem em seus conhecimentos?...Enfim, chegamos ao final do encontro, foi bem produtivo, muitas concepções estão sendo revistas, estão passando por questionamentos, sabemos que o resultado desses momentos de reflexões irão surtir efeito lá, com nossas crianças...”    





Trecho retirado do 2º relatório da coordenadora Flávia – Escola Chapeuzinho Vermelho
            “...No encontro passado as professoras trouxeram algumas atividades que realizaram com seus alunos em sala de aula e que consideravam boas situações de aprendizagens. Com o material em mãos selecionei duas atividades bem comuns nas turmas e levei para esse 2º encontro para que refletissem sobre ela, reuni as professoras em grupo para análise das atividades. As atividades analisadas foram: uma cruzadinha onde solicitava as crianças colocarem o nome dos desenhos onde eram cômodos de uma casa e a outra atividade era um texto “ Orelhinha, o coelho Comilão”  e a letra não era palito. Com as atividades em mãos solicitei que analisassem as a partir das seguintes questões:  O que a atividade tem em comum?  Porque essas atividades são consideradas boas situações de aprendizagens? Atende os diferentes conhecimentos das crianças? 
        Logo uma professora defendeu que a cruzadinha é uma boa atividade e a discussão gerou em torno disso até que outra professora complementou dizendo “ Gente nem todas as atividades são boas para todos os alunos temos que ter cuidado qual dá mais condições para as crianças escreverem”. Aproveitei a fala da professora  para acrescentar que o  objetivo dessa proposta em nenhum momento era dizer o que está errado ou certo, mas para que nós enquanto professoras possamos refletir sobre quais as atividades contribuem para  que as crianças avancem e pensarem  sobre sistema de leitura escrita,  e que nos darão o suporte em escolher qual atividades apresenta uma boa situação de aprendizagem e saber os conhecimentos de nossos pequenos.
        Outra professora   logo comentou “ penso que atividade do texto também não é tão boa, pois traz um texto sem muito sentido”, outras professoras também concordaram. Então perguntei: E a letra é adequada para trabalhar com os alunos que estão iniciando a alfabetização? Concluíram que  o certo seria letra palito. O que ficamos nos perguntando se sabemos disso porque as oferecemos aos nossos alunos?
Logo outra professora foi dizendo disse “ muitas vezes pensamos apenas em um grupo de alunos e acabamos esquecendo os outros alunos, geralmente nos alfabéticos, porém as atividades para eles também não permitem desafios”  Em seguida voltei a fala das professoras onde um grupo percebeu que as atividades eram soltas, falei que era isso mesmo que temos que ter cuidado pois em alguns casos as atividade ficam fragmentas sem sentido, o bom é oferecer situações em que as crianças possam estarem inseridas em um contexto real. Foi onde uma professora  complementou “bom se trabalhamos com projetos e  sequências assim faz sentido” ressaltei a fala da professora e falei que era isso mesmo a nossa proposta é trabalhar de forma que seja significativa para o  aluno e que levem os pequenos a avançarem seus conhecimentos sobre o sistema de escrita e leitura e com boas situações de aprendizagens eles podem se tornar melhores leitores e escritores...”
Em seguida pontuei algumas observações juntamente com as professoras:
·       O importante não é quantidade de tarefas, mas sim a qualidade;
·       Nem sempre atividade da colega da sala ao lado será boa para meus alunos;
·       Quando planejamos temos que levar em consideração a hipótese de todos os alunos;
·       Uma pergunta importante fazer na hora do planejamento “o que os meus alunos aprenderão com essa atividade”? Que desafio essa atividade apresenta para meu aluno? É evidente que para isto temos que conhecer os saberes de cada criança.
        
          As discussões foram pertinentes pude observar que houve uma inquietação por parte das professoras. Entendo que derrubar as “paredes” antigas para dar lugar a “paredes” novas é bem difícil, mas a caminhada até aqui tem sido grandiosa, outro dia logo após a formação percebi que duas professoras estavam em uma conversa, uma perguntava para outra:
-Será que essa atividade é boa situação de aprendizagem?
A outra respondeu:
-Não sei, será que atenderá a todos os alunos?

        Vejo que sementinha foi plantada, agora é reforçar o conhecimento sobre quais atividades oferecem melhores condições didáticas e quais geram reflexão para as crianças.
       Com propósito de ainda refletir sobre as atividades passei um vídeo de atividade de auditório. Eles teriam que observar a atividade e pensar na questão: O que os alunos estão aprendendo nesta  atividade? Todas foram unânimes em dizer que a atividade de auditório proporcionou as crianças momento de reflexão sobre o sistema de escrita.            Já a  segunda questão:  O que aconteceria se chamasse a lousa uma criança com escrita alfabética no primeiro momento? O que a professora busca nessa atividade a escrita correta das palavras ou abrir espaço para as crianças refletirem sobre o que escrevem? Como as crianças são provocadas a refletir? O grupo chegou à decisão que se as crianças alfabéticas escrevessem primeiro inibiriam a escrita das crianças que se encontram na hipótese não alfabética, ou talvez, até  copiariam a escrita sem colocar em jogo o que sabem. Também comentaram que a professora do vídeo busca abrir espaço  para que as crianças reflitam  sobre o sistema de escrita fato que fica evidente quando  as deixa arriscarem suas hipóteses de escrita  na lousa e quando a professora faz algumas intervenções que colocam as crianças para compararem as escritas...

 
RECORTES DOS REGISTROS DAS COORDENADORAS DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE ARIQUEMES - CONTEÚDO PRODUÇÃO DE TEXTO



Trecho retirado do 3º relatório das coordenadoras Cleuza e Leticia – Escola Levi Alves de Freitas

"...Encerrando a discussão sobre a tarefa solicitada dividimos os professores em dupla, pedimos que produzissem um texto relatando uma narrativa de aventura na Itália. Nesse momento não oferecemos nenhum subsídio, durante a produção houve reclamação, do tipo “O que vamos escrever? Eu nunca fui à Itália como vou escrever um texto? O que tem na Itália? Já percebemos que o fato de dizer o gênero a ser escrito não é condição suficiente para a escrita dos professores, assim podemos dizer o mesmo para os alunos. Após um tempo distribuímos alguns textos que continham, informações sobre a Itália, cidades, pontos turísticos, mapa, comidas típicas, modelo de uma narrativa de aventura... O fato de entregar novas informações permitiu que eles pudessem pensar melhor a escrita.
     Quando terminaram pedimos que comparassem os textos observando a qualidade de ambos, qual momento facilitou mais a escrita.
     Ao refletirem sobre as atividades desenvolvidas puderam perceber a importância de repertoriar os alunos para produzirem textos, e também conseguiram perceber após questionamentos, que se eles derem condições didáticas para as crianças produzirem, assim como eles tiveram no segundo momento, os alunos  podem escrever textos sobre aquilo que não conhecem, que não é de sua realidade, só que antes tem que ser bem repertoriado sobre o assunto a ser desenvolvido na produção.
     No final concluíram que a criança é capaz de produzir sobre algo que não conhece, o que precisa é que o professor lhe forneça condições didáticas para isso. Embora chegamos a essa conclusão procuramos enfatizar que a estratégia que utilizamos foi só para compreenderem a importância de garantir condições didáticas para as crianças produzirem bons textos não significa que o professor deve fazer como tal fizemos no encontro. O processo com os alunos é longo, o que facilitou foi  os conhecimentos que já possuíam sobre a escrita...."






Trecho retirado do 2º relatório da coordenadora Nelcilene Escola José de Anchieta

"...Em seguida foi entregue a cada professora uma cópia dos textos onde tiveram a oportunidade em analisarem, e classificarem,  qual seria o melhor texto.
Essa atividade  tinha como objetivo trazer reflexão ao grupo sobre as dificuldades dos alunos em produzir textos de boa qualidade por meio de uma análise de textos produzidos por algumas crianças, tendo como foco central comparar as condições didáticas oferecidas em cada uma delas. E para análise  propusemos a questão: O que os textos dessas crianças mostram sobre o que elas sabem? Para todos os textos as professoras responderam que os textos produzidos revelam que as crianças produzem a partir que a professora fornece. O que se pode deduzir que os seus professores liam para elas na época em que produziram estes textos? Relataram que algumas professoras liam alguns gêneros e outras nada liam para algumas produções. Qual deles vocês consideram o pior e o melhor e por quê? Foi unânime o pior texto foi o quatro, revela um condicionamento de um ensino por meio das cartilhas o que leva a criança a produzir frases soltas. Já para o melhor texto o grupo ficou dividido uns afirmam que é o numero dois, porque a criança revela ter muita leitura ou convive com leitores possui conhecimento de mundo demonstra muito conhecimento das características dos textos escritos e familiaridade com a literatura, acharam interessante que ele filosofa em sua escrita. Para o outro grupo o melhor texto é o numero cinco porque, a criança demonstra ter conhecimento das narrativas, familiaridade com os textos escritos apresentou mais coesão e coerência. E para gerar maior reflexão foi proposta a questão: Como a escola, nós professores estamos ensinando nossas crianças a produzir textos? Após relatos foi observado que houve reflexão do grupo sobre as dificuldades dos alunos em produzir textos de boa qualidade que está ligado a prática do professor, houve apontamentos das professoras que as crianças produziram conforme condições didáticas oferecidas. E um equivoco é pensarmos se meu aluno sabe escrever ele também é capaz de produzir bom texto, porém algo que foi evidenciado que só saber escrever não basta é preciso aproximar os alunos da linguagem escrita e se dá trazendo os gêneros para dentro da sala de aula e uma importante aliada é  a leitura em voz alta para se dá a familiarização com gênero ..."



domingo, 27 de maio de 2012


Recorte da Síntese do 2º encontro de formação
Formadoras: Claudiene e Sandra
Ariquemes-RO


Oque vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada.
Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.

          Iniciamos com satisfação o 2º encontro de formação do Programa Além das Letras, no dia 24 (vinte e quatro) de abril de dois mil e doze. Este encontro contou com 32 participantes, entre coordenadoras e vice-diretoras, responsáveis pela coordenação de 1º e 2º ano das escolas municipais.

          Elegemos dois objetivos para orientar nossas discussões a respeito do conteúdo atividades na alfabetização:
·       Analisar algumas atividades de alfabetização recorrentes nas escolas municipais.
·       Tematizar uma atividade de escrita coletiva e sua importância para construção do sistema de escrita.

No encontro de formação entre os coordenadores e vice-diretores no mês passado, um dos conteúdos tratados foi o planejamento do encontro de formação, mais especificamente as pautas de formação planejadas pelas coordenadoras. Por considerar importante saber o que as participantes acharam dessa nossa nova ação abrimos um espaço para ouvi-las, seja elogios ou alguns desabafos. Fazer a articulação entre os subsídios e o planejamento do encontro de formação tornou para eles grandes desafios, agregar em suas rotinas um maior tempo para estudo e elaboração das pautas necessitou maior organização do seu tempo e espaço.
Nos anos anteriores enviávamos um subsídio para auxiliá-las no planejamento das pautas, mas de modo geral seguia mais as nossas escolhas de conteúdos, objetivos e também em nossas decisões de encaminhamentos o que faziam de diferente eram mais apresentar nas pautas as intencionalidades demonstrando para nós formadoras os conhecimentos que tinham sobre o conteúdo em discussão. A autonomia foi visto muito vagamente em suas pautas, em algumas dava uma impressão que fazíamos a devolutiva a nós mesmo, pois muitos faziam cópias fieis. Agora o desafio lançado a eles foi à construção da pauta por meio do subsídio como um instrumento que o apoia no planejamento das pautas não perdendo de vista o conteúdo fundamental leitura e escrita pelo aluno. Para lidar com isso, o caminho foi partilhar as experiências, compreender melhor como foi este momento para os coordenadores. Para tanto lançamos as questões em coletivo: Este ano tivemos um novo modelo de elaboração de pauta a partir do subsídio. Como foi este momento na escola? Apresentaram dificuldades? Quais? O subsidio foi suficiente para elaboração da pauta de formação? Por quê? Qual sua sugestão para o próximo subsidio?
Alguns recortes das falas para ilustrar esse momento:


Flávia – “este momento foi um desafio e suscitou muito mais estudos que antes, não porque não estudávamos anteriormente, mas porque da outra maneira “ganhávamos” mais tempo na elaboração das pautas. Mas essa nova estratégia que vocês formadoras propuseram por meio do subsídio facilitou de certa forma a gente a pensar mais sobre o conteúdo e o que queremos que nossos professores aprendam e ainda mais me senti autora de minha própria pauta. Claro que demandou mais tempo para estudo a pensar nos encaminhamentos e a estudar mais a necessidade do meu grupo, no meu caso, voltei às questões sobre a importância do registro reflexivo com as professoras. Eu gostei!”.
Nelcilene – “foi uma oportunidade de verificar a necessidade do grupo e desenvolver uma pauta com objetivo de amenizar os problemas existentes nas práticas do nosso grupo de professores. Eu escolhi fazer uma análise de diagnóstico, pedi aos professores que pensassem na hipótese de escrita que os alunos estavam e o que fazer para eles avançarem, assim poderíamos também discutir sobre o problema da hipótese a menos, pois uma vez marcado uma hipótese anterior as atividades não atenderiam as necessidades dos alunos. Senti essa necessidade levei para o grupo a qual percebi que houve aprendizagem, mas notei quanto é importante o envio antecipado das pautas para as formadoras, pois só assim aprofundamos mais sobre o conteúdo da formação”.
Eunice – “entendo que foi um norte o subsídio, em que nos apoiamos para a elaboração das pautas. Na primeira devolutiva vi aquele monte de coisa, me preocupei depois entendi que isso faz parte do processo e que isso só gera aprendizagem”
Nilda – “achei um pouco complicado porque não é só elaborar a pauta é estudar o subsidio, é estudar o grupo e sua necessidade e é estudar a pauta, pois as devolutivas nos dá esse caminho”.
Ellem – “senti dificuldade porque exige muito tempo do coordenador, principalmente nesse primeiro encontro que estava muito atarefada, estamos por um período bem conturbado na escola, com falta de professor alguns estão assumindo os outros concursos, assim o tempo para fazer foi meu maior problema, mas de maneira geral foi bom, mas eu preciso de condições para desenvolver esta ação com mais qualidade”.
Lúcia – “as devolutivas feitas nos deixaram mais seguras. Senti mais dificuldade na formação na formação do que na elaboração das pautas, pois temos no grupo professores resistentes a formação que entram este ano e outros que já passaram pela formação, mas possuem dificuldade de compreender o conteúdo.”

                                                                                                                
          Abrir espaço para as coordenadoras expor suas opiniões sobre esta ação foi uma decisão certeira e nos oportunizou a compreender quais são os olhares do grupo frente este movimento. Percebemos que a dificuldade está mais na organização do tempo para estudos do que na elaboração das pautas, infelizmente parte das situações apresentadas por eles são verdadeiras, pois alguns ainda encontram-se atarefados e sobrecarregados com ações que não os competem. Claro que evidenciamos em algumas pautas por meio das devolutivas, embora uma minoria, que elas centraram mais em jogo de perguntas e respostas entendendo assim que estariam apresentando suas intencionalidades. Responder as questões permite o formador local entender os conhecimentos do coordenador sobre o conteúdo, o que não deixa claro as intencionalidades, pois entendemos que além dos conhecimentos sobre o conteúdo, por trás das intencionalidades está o que se espera de cada proposta seja ela numa perspectivas de encontrar situações favoráveis ao que espera alcançar ou não. Compreendemos que as intencionalidades revelam as reflexões do formador tanto ao que se espera que os professores aprendam quanto às antecipações de intervenções e possíveis situações problemas levantadas pelos professores. E quando não pensado desse modo as respostas para as perguntas levantadas pelo grupo de professores no momento da formação podem girar em torno de um contexto de incertezas e refletem fragilidades para desenvolver um encontro de formação reflexivo como esperamos, assim foram alguns apontamos das formadoras para fechar essa discussão. Bom, foi um ponto de partida temos muito a caminhar! Este momento rememora o trecho citado acima de Cora Coralina O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher”..... 

sábado, 19 de maio de 2012


 Este ano percebemos um grande avanço  no nosso grupo de coordenadores quanto algumas ações formativas. No início despontamos para uma reflexão das pautas de formação, a qual foi notório maior autonomia nas elaborações e desenvolvimentos. E agora depois dos encontros já iniciados em todas escolas percebemos por meio dos relatórios dos coordenadores quanto é importante ele ser autor de sua própria pauta, quanto os fazem sujeito mais reflexivos de suas próprias ações. Para compartilhar mais um recorte de um relatório de formação, só que desta vez da Coordenadora Flávia que  despertou para  uma discussão sobre o registro reflexivo.

Recorte do 1º relatório da coordenadora Flávia


O primeiro encontro Além da Letras  foi realizado no dia  quatorze de abril de dois mil e doze. Iniciei o encontro desejando boas vindas ao grupo de professoras  e em seguida realizei a leitura da pauta.E  para a leitura em voz alta escolhi o livro “A menina que roubava livros” de  Zusak, Markusonde, conta a história de uma menina que sua vida foi  marcada pela tragédia  em uma época onde a Alemanha nazista era aterrorizante.A menina que roubava livros encontrou uma alegria de viver  no  prazer da leitura, uma história marcada pela dor e a poesia,  escolhi esse livro porque foi algo que me emocionou  e em muitos momentos vivenciei as alegrias e dores da pobre menina  Lisel Meminger  a menina que roubava livros. Em seguida fiz a leitura de um trecho do livro, em que relatava o momento do bombardeio onde todos se escondiam no porão e para acalmar  e aliviar o medo e a  dor, Lisel lia para todos...  Logo após  foi aberto espaço  para a indicação  de filmes, livros e eventos culturais.
Em sequência realizamos a primeira proposta onde foi aberto espaço para uma discussão sobre as aprendizagens evidenciadas em 2011. Como avanços as professoras apontaram que o maior foi o planejamento das palavras para realização do diagnostico e a compreensão melhor sobre o que dizem as escritas das crianças. De maior investimento apontaram  a necessidade de aprender mais sobre o registro de sala de aula (algo que já havia percebido e proposto na pauta deste encontro) e reforçaram também que é importante continuar os estudos  sobre o processo de construção da leitura e escrita pelo aluno para assim aprofundar mais sobre os pensamentos que elas fazem sobre sistema da escrita... Esse momento foi muito bom, pois houve uma troca de experiência entre as professoras e vimos o quanto já progredimos  no ano de 2011  em relação a ao planejamento do  diagnóstico.  Esse momento de reflexão contribuiu para que todo o grupo relembrasse as condições necessárias para realizar um diagnóstico confiável....
         Em outro momento da pauta  analisamos e refletimos sobre o registro reflexivo e para tal realizei uma sondagem com as professoras para verificar o que sabiam sobre o assunto. Lancei a questão: Como você definiria um registro reflexivo? Algumas respostas:
·       É um texto que registramos os acontecimentos  e o que precisa melhorar;
·       É um relatório que anotamos o desenvolvimento do aluno;
·       Se torna um documento importante;
·       O registro auxilia o professor a avaliar o aluno e a própria pratica do professor
         Percebe-se que nem todas as professoras enxergam o registro como instrumento reflexivo em que  reflete  sua própria ação. Para continuar   entreguei a cada professora dois registros sendo um reflexivo em que poderíamos entender como foi o desenvolvimento da aula,  o conteúdo e as aprendizagens dos alunos e ainda uma compreensão melhor do professor sobre sua própria ação e o outro registro que apenas relatava os acontecimentos da aula. Em  duplas solicitei que analisassem os registros perseguindo  as seguintes questões: 1.Qual dos registros permitem uma analise  da aprendizagens  dos alunos? 2.Qual testemunha melhor o trabalho desenvolvido pela professora? Por quê? 3. Em que aspecto o registro deixa de ser burocrático e passa a ser um instrumento de reflexão pelos professores? O  que é indispensável na elaboração de um registro reflexivo?

          Diante da análise e discussão percebi que ao comparar os dois registros puderam perceber qual tinha mais visibilidade, assim todas consideraram o registro 2 o mais reflexivo porque  permitiu compreender melhor o momento da aula da professora,  ficou visível  como ela interviu para os alunos avançarem, também levantava as dificuldades que os alunos apresentaram e porque, outro fator destacado foi os apontamentos se seus encaminhamentos ajudaram atingir ou não o objetivo. Na verdade todas consideraram o registro 2 o melhor porque descrevia e apresentava maior reflexão da prática em sala de aula e assim chegamos uma conclusão que deixa de ser um instrumento burocrático  quando compreendemos que ele também é um instrumento que perpassa a uma mera exigência escolar quando entede-se que é uma ferramenta  que auxilia no planejamento escolar desde que o professor se propõe a descreve o que vivenciou de maneira a apresentar tanto conteúdo, objetivo, desenvolvimento e suas reflexões pessoais e de que forma as aprendizagens chegaram nos alunos isso são pré- reqisito para torná-lo mais reflexivo o que também dependerá de muita prática .
         Essa proposta gerou uma discussão reflexiva sobre o registro onde ao final salientei que o registro não deve ser encarado como algo burocrático, mas sim um instrumento para organizar, analisar e reavaliar sua pratica....
                                                                                                                                                            
          Vejo que o grupo muito aprendeu sobre registro, mas é preciso agora contextualizar essa aprendizagem na prática. E como tarefa para o próximo encontro  solicitei um registro reflexivo a qual sugeri algumas dicas  como a escolha  de uma atividade que atendessem  as necessidades da turma, levando  em consideração a hipótese que o grupo se encontrava assim pedi  desenvolvessem  a atividade com a turma e registrassem as  intervenções, bem como o que as crianças pensaram, anotando tudo  para assim  elaborarem o registro, e na próxima formação socializaremos...

terça-feira, 1 de maio de 2012

Após a realização dos encontros de formação com os professores, as coordenadoras de nossas escolas enviam o relatório sobre o movimento da formação e por considerar importante para nossa formação segue alguns recortes de como foram as formações em algumas escolas:                                                                                  

Conteúdo Produção de texto



Coordenadoras  Nelcilene e Maria Claudia

“...Dando continuidade propomos uma questão para conhecimentos prévios sobre  a prática de produção de texto. Quais são as propostas de produções de textos mais comuns  que você professor costuma realizar em sua sala de aula? E porque desenvolve de tal forma? Os professores disseram que vem trabalhando com produção de texto por meio de gravuras, imagens sequenciados, reescrita, e fazem essas práticas por acharem que assim seu aluno irá avançar no processo de escrita e também para dar notas.
Em seguinda dividimos o grupo em três duplas e pedimos para escrever uma carta a um amigo que está fora do país contando as novidades pessoais e os últimos acontecimentos no Brasil. Após terem feito a carta fizeram  a leitura, a qual descontraiu um pouco o grupo com as novidades descritas nas cartas.
Continuaram as mesmas duplas, para produzir texto de acordo com as condições oferecidas por nós que semelham as práticas desenvolvidas em sala de aula, assim para cada dupla foi pedido uma produção texto: dupla 1 foi direcionado um tema, dupla 2 por meio de imagem e a dupla 3 imagens sequenciadas.  No  momento da socialização lançamos as seguintes questões: Qual das situações de produção de texto você professor sentiu mais confortável ao produzir o texto? Por quê?  Em que a escrita da carta se diferencia das outras produções de texto? As respostas foram unânimes a carta foi melhor, pois proporcionou um caminho e uma orientação de como escrevê-la. Na situação da carta sabíamos o que iríamos escrever e para quem seria essa escrita. As demais não foram dadas condições necessárias para uma boa produção. O fato de não saber que gênero escrever, para que escrever e para quem escrever, dificultou a escrita do grupo. Já para a escrita da carta foi proporcionado as condições para a produção de texto porque temos uma  afinidade com gênero e suas características  e também porque sabíamos o que iriamos escrever na carta que era contar as novidades ao um amigo que estava fora do País. Dessa forma percebemos como deve ser difícil para o aluno escrever  algo que não sabe, que não tem familiaridade com o gênero, e muito menos sem saber o destino de sua escrita, pois até nós mesmas sentimos dificuldades quando foi pedido a fazer essa produção de texto que tanto se assemelha nas práticas de sala de aula. Prosseguindo as reflexões foi proposta a questão: Considerando que essa é uma proposta comum de produção de texto na escola. Como as crianças estão aprendendo a escrever? O que o professor precisa garantir aos alunos para propor uma situação de produção de texto? Relataram que a intenção é de saber as reais situações de produção de texto que está sendo oferecida para os alunos e também, quando não são oferecidas condições didáticas para produção de texto não há produções  boas, pois por trás das escritas dos alunos está as condições que foi oferecidas. Em relação ao garantir foi comentado para que não aconteça com os alunos o que nos aconteceu na atividade anterior de produção, o professor deve repertoriar o aluno definindo gênero e trabalhando-o sua forma e conteúdo, função comunicativa deve estar evidente e um destinatário especifico para sua escrita, elaborando um bom planejamento daremos condições para temos  bons escritores. Refletindo sobre as propostas de produção foi levantado pelo grupo que não se preocupava  de que maneira estavam levando as crianças a aprender produzir, as produções de textos propostas por eles centravam mais na verificação de ortografia, pontuação, dar notas emfim, de forma resumida, escolarizada, essas foram as conclusões do grupo nessa propsota....”



Coordenadora Rejane
           
“...Na segunda proposta concentramos a atenção ao conteúdo condições didáticas necessárias para a produção de texto. Visando verificar os conhecimentos prévios das professoras foi sugerido a produção de alguns textos, a primeira produção foi a escrita de uma carta para amigo que está fora do país contando as novidades pessoais e os últimos acontecimentos no Brasil e todas concentraram-se na escrita da carta após o término foi lida a carta da professora Cleonice. Depois foram apresentadas outras condições para outras produções de texto organizadas assim da seguinte forma: as professoras Gleyce e Sirlei receberam uma figura onde a mãe dava banho no bebê numa banheira, as professoras Odete, Sueli e Jiçaria receberam um título “Minha brincadeira preferida”, as professoras Jaqueline, Cleonice e Gilvania receberam uma sequência de gravuras sugerindo um texto sobre festa junina. Após a escrita foi entregue às professoras uma lista para checagem das condições oferecidas para as produções dos textos. E as conclusões para a situação da carta foram: houve um propósito claro para a escrita, houve um presumido leitor para a carta produzida, os autores conheciam  o gênero a serscrito. Para as demais produções não foi dada condição à produção e texto o que foi oferecido, e muitoparecido com as situações de sala de aula foi (título e gravuras) dificultando um pouco mais a produção do texto e uma produção sem estimulo a escrita  por parte das escritoras, assim concluímos que muitas práticas dessas , os professores compreendem como uma condição favorável para escrita, o que descobrimos com essa situação que só escrevemos bem algo quando conhecemos o gênero e seu formato por fim para que escrevemos e para quem escrevemos. O que o professor precisa garantir aos alunos para propor uma situação de produção de texto? conclusões do grupo: As condições didáticas que são: explorar o assunto, explorar as características do gênero a ser escrito, familiarizar o aluno com genero textual solicitado enfim saber: O que escrever? Para que escrever? Para quem escrever?. O que acontece muito é solicitar proposta de produções de texto da forma como foi pedido na segunda situação em que muitos não sabem o que e como escrever e acabam escrevendo frases isoladas, e o encontro de hoje nos permitiu uma reflexão quanto as práticas existentes nas salas de aula e também a construir um novo pensamento quais são as melhores praticar junto aos alunos...