terça-feira, 7 de setembro de 2010

Reflexão sobre formação continuada

A formação continuada do professor tem como finalidade contribuir para reflexão e para análise da sua prática.
Como professores, muitas vezes temos a oportunidade de conversar com os colegas, compartilhar situações, descobrir saídas para nossas dificuldades. Outras vezes, setimo-nos solitários, cheios de perguntas, insaciáveis por respostas.
Com tantas perguntas que fazemos a nós, faz necessário pensar sobre nosso trabalho, observando-o, estudando-o e buscando alternativas de melhoria. Nesse sentido entendemos que a formação continuada é essencial para o profissional, através dela podemos promover mudanças. Mudanças que não se fazem de um dia para o outro, elas são construídas através das experiências vividas que ajudam construir novos saberes e a redimensionar nossa prática.

DEPOIMENTO DA PROFESSORA LUANA - 2º ANO

ESCOLA PINGO DE GENTE

Sou professora Luana, do segundo ano do ensino fundamental, trabalho na escola Pingo de gente, atualmente tenho uma sala com 27 alunos.
Quando comecei a formação do Além das Letras, o qual tinha como tema no momento “a leitura em voz alta feita pelo professor, achei que a proposta não beneficiaria meus alunos no processo de ensino aprendizagem, apresentei até mesmo certa resistência em aceitar, uma vez que eu já realizava esta metodologia em sala, com diferentes gêneros textuais.
Porém hoje posso ver que estava equivocada com esta forma de trabalhar leitura em sala, porque toda vez que meus alunos liam eu cobrava , de alguma forma, fosse através de produção, de desenho etc. ninguém lia ou ouvia uma historia pelo mero prazer de ouvir. Todas as leituras realizadas tinham um direcionamento.
A medida que os encontros foram acontecendo, fui realizando a leitura em sala, comecei a perceber um avanço no aprendizado de minha turma . Foi ai que me empolguei e comecei a ver a leitura de forma diferente. Incentivava meus alunos a ler através da do meu comportamento leitor, agora, após a leitura abro espaço para conversar sobre o texto lido. E,hoje, posso dizer que meus alunos produzem textos muito mais coerentes e acredito que irão melhorar muito suas produções,pois a leitura também contribui para a escrita.
Como educadora, hoje, tenho uma visão diferente desta formação acredito que ela só veio inovar a nossa prática e nos auxiliar em nossa jornada diária.

NOMES PRÓPRIOS NA ALFABETIZAÇÃO

Escola Arco Iris


É importante trabalhar nomes próprios para que os alunos possam conhecer o alfabeto a partir da escrita de nomes, é uma referência para que a turma conheçam o sistema da escrita. Na alfabetização, através dos nomes próprios poderemos ensinar ler e escrever, e para isso é preciso elaborar atividades que estimulem os alunos a refletir sobre a escrita e a leitura.
Coordenadora pedagógica: Joana



Ao desenvolver uma atividade com nomes próprios por mais simples que seja ela é interessante, pois quando propomos atividades relacionadas ao nosso nome ou de pessoas com quem convivemos torna-se algo agradável e prazeroso, além de desenvolver a aprendizagem dos nossos alunos.
Professora: Maria Dulcia

A escrita de nomes próprios informa as crianças sobre as letras, a quantidade, a posição e a ordem delas, também permitem a criança reconhecer a diferença entre os substantivos comuns e próprios.
Professora: Dinorah

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Modelo de Rotina da Coordenadora Meire

Escola Chapeuzinho Vermelho

PERÍODO MATUTINO
SEGUNDA-FEIRA
• Acompanhamento do planejamento junto com professores de 1º e 2º Ano
• Devolutiva ao professor sobre a observação da prática em sala de aula

TERÇA-FEIRA
• Observação da prática do professor
• Realização do diagnóstico
• Verificação e anotações nos diários de classe

QUARTA-FEIRA
• Estudos para formação continuada com os professores
• Elaboração dos relatórios sobre a observação da prática do professor em sala de aula
• Acompanhamentos das turmas na recuperação paralela

QUINTA-FEIRA
• Estudos e elaboração da pauta para formação com os professores

SEXTA-FEIRA
• Preparação dos materiais e estudo para formação
• Elaboração dos relatórios da formação
• Verificação e anotações nos diários de classe


PERÍODO VESPERTINO

SEGUNDA-FEIRA
• Acompanhamento do planejamento junto com professores de 1º e 2º Ano
• Devolutiva ao professor sobre a observação da prática em sala de aula
• Acompanhamentos das turmas na recuperação paralela

TERÇA-FEIRA
• Acompanhamento do planejamento junto com professores de 1º e 2º Ano
• Devolutiva ao professor sobre a observação da prática em sala de aula
• Acompanhamentos das turmas na recuperação paralela

QUARTA-FEIRA
• Observação da prática do professor
• Realização do diagnóstico
• Verificação e anotações nos diários de classe

QUINTA-FEIRA
• Elaboração dos relatórios da formação
• Estudos e elaboração da pauta para formação com os professores

SEXTA-FEIRA
• Síntese da semana e planejamento das atividades pedagógica da escola

domingo, 22 de agosto de 2010

Depoimento Professora Ellen Valério – 1º Ano


Escola Eva dos Santos

Sempre achei difícil aceitar esse lado da teoria em que lendo para as crianças elas se tornariam leitores proficientes. Achava que cansaria meus alunos por ser apenas eu lendo todos dias. Pensava que se cada aluno pegasse o seu livro e fizesse a sua leitura silenciosa, despertava mais o seu interesse, portanto via a leitura em voz alta como algo sem motivação.
Após frequentar vários encontros de formação continuada Além das letras em minha escola onde quem atua como formadora é a minha coordenadora pedagógica, percebi então que, realmente, eu como professora não transmitia essa postura de leitora para meus alunos.
Comecei a compreender que os comportamentos de leitores devem ser ensinados e que devemos tratar a leitura em voz alta como conteúdo inserindo-a no planejamento. Ao fazer essa atividade com meus alunos, no início houve uma calmaria, pois a cada dia despertava mais o interesse dos alunos com os diversos tipos de textos, conhecendo autores e enriquecendo o seu conhecimento sobre a literatura infantil.
Observei que tudo é uma questão de tempo.
Hoje a leitura em voz alta tem lugar garantido na minha rotina, traz disputa na escolha do livro, nas palavras contidas na história, na ilustração e, enfim mudou muito o comportamento dos alunos em relação à leitura.
Outro fato observado é que a cada palavra diferente que os alunos ouvem, eles perguntam o significado e acaba enriquecendo o vocabulário, tanto na linguagem oral quanto na produção escrita de textos.

A descoberta da leitura em voz alta

Depoimento - Professora Miriam Duarte – 2º ano
Escola Eva dos Santos



Era muito comum, eu, como educadora, realizar leitura em voz alta para os meus alunos apenas quando eles me pediam. Eu via nos olhos deles a empolgação de saber que iam ouvir histórias, mas ao terminar sempre vinham as perguntas como: quem é o personagem principal do texto? Onde viviam? Quantos personagens tinham o texto? Qual o nome dos personagens do texto? Qual a moral da historia?
Em 2008 foi proporcionado a nós, professoras de 1º e 2º ano, o curso de formação continuada “Além das Letras”, com o conteúdo de Leitura em voz alta pelo professor adquirimos muitos conhecimentos em relação à importância de realizar a leitura feita em voz alta, e através de muitos estudos e tematização da prática do conteúdo percebi o tamanho da responsabilidade do meu papel como educadora na formação de futuros leitores.
Pude perceber que, ao realizar a leitura diariamente, houve mudanças no comportamento dos meus alunos, eles passaram a apreciar com mais intensidade a leitura. Todos os dias querem ouvir histórias.
No decorrer dos dias, quando meus alunos pedem para ler, também presencio neles o mesmo comportamento que eu realizo, o nome do autor, do ilustrador, o porque da escolha do livro a postura ao realizar a leitura e até o tipo de entonação de voz, sem contar o interesse que eles têm em ler corretamente.
Os meus pequenos de 7 e 8 anos dependem de mim como modelo, para que possam subir os degraus do conhecimento, sem dificuldades e assim tornarem leitores e mudar a realidade da estatística alunos que não gostam de ler.

“Daqui a cem anos, não importará que roupas vesti, que carro andei, quanto eu tinha depositado no banco, mas o mundo pode ser um pouco melhor porque eu fiz a diferença na vida de uma criança.” (Clarice Lispector)

Encontrão com os professores e coordenadores de 1º e 2º ano.

Reflexão sobre as modalidades organizativas do tempo didático

No início do ano os professores de 1º e 2º ano das Escolas Municipais assumiram um grande desafio, se propuseram a reorganização do tempo didático, tendo como principal objetivo organizar seu tempo didático a partir das modalidades organizativas do tempo didático conforme explica Delia Lerner no livro Ler e Escrever na Escola: o Real, o Possível e o Necessário:
Projetos didáticos: Além de oferecer, como já assinalamos, contextos nos quais a leitura ganha sentido e aparece como uma atividade complexa cujos diversos aspectos se articulam ao se orientar para a realização de um propósito – permitem uma organização muito flexível do tempo: segundo o objetivo que se persiga, um projeto pode ocupar somente uns dias, ou se desenvolver ao longo de vários meses. Os projetos de longa duração proporcionam a oportunidade de compartilhar com os alunos o planejamento da tarefa e sua distribuição no tempo: uma vez fixada a data em que o produto final deve estar elaborado, é possível discutir um cronograma retroativo e definir as etapas que será necessário percorrer, as responsabilidades que cada grupo deverá assumir e as datas que deverão ser respeitadas para se alcançar o combinado no prazo previsto. Por outro lado, a sucessão de projetos diferentes – em cada ano letivo e, em geral, no curso da escolaridade – torna possível voltar a trabalhar sobre a leitura de diferentes pontos de vista, para cumprir diferentes propósitos e em relação a diferentes tipos de texto.






Sequência Didática: As sequências de atividades estão direcionadas para se ler com as crianças diferentes exemplares de um mesmo gênero ou subgênero (poemas, contos de aventura, contos fantásticos...), diferentes obras de um mesmo autor ou diferentes textos sobre um mesmo tema. Ao contrário dos projetos, que se orientam para a elaboração de um produto tangível, as sequências incluem situações de leitura cujo único propósito explícito – compartilhado com as crianças – é ler.



Atividades permanentes: Atividades que se reiteram de forma sistemática e previsível uma vez por semana ou por quinzena, durante vários meses ou ao longo de todo o ano escolar, oferecem a oportunidade de interagir intensamente com um gênero determinado em cada ano da escolaridade e são particularmente apropriadas para comunicar certos aspectos do comportamento leitor. (...) As atividades habituais (ou permanentes) também são adequadas para cumprir outro objetivo didático: o de favorecer a aproximação das crianças a textos que não abordariam por si mesmas por causa da sua extensão. Ler cada semana um capítulo de um romance é uma atividade que costuma ser frutífera nesse sentido. A leitura é compartilhada: a professora e os alunos lêem alternadamente em voz alta; escolhe-se um romance de aventuras ou de suspense que possa captar o interesse das crianças e se interrompe a leitura em pontos estratégicos, para criar expectativa.



Na expectativa de compartilhar as experiências desenvolvidas nas escolas através das modalidades organizativas do tempo didático é que propusemos aos coordenadores e professores que atuam nas turmas de 1º e 2º ano um encontrão de dois dias para que juntos pudessemos analisar os caminhos percorridos até aogra e se necessário for promover novos encaminhamentos para qualificação do tempo didático.
O primeiro dia foi para as apresentações e reflexões sobre as modalidades organizativas.
No segundo dia propusemos ao grupo análises sobre sequência didática, uma das modalidades que o grupo apresentava mais dificuldades de entender e elaborar. Ao final do encontro cada grupo de professores elaboraram suas sequências didáticas que em breve diponibilizaremos no blog.