sábado, 1 de junho de 2013

Tarefa da Formação



As professoras  Irene Amaral da Escola Pingo de Gente, Sônia Ferreira da Escola Roberto Turbay e Raimunda Gracilene da Escola Chapeuzinho Vermelho desenvolveram uma sequência didática de lista com seus alunos ( 1º ano).

Nas etapas,  além de muitas situações de escritas,  planejaram situação de leitura para os alunos mesmo sem saber ler convencionalmente.
Parece estranho essa fala. Mas é isso mesmo!
O objetivo foi que os alunos que não sabem ler convencionalmente ocupassem a posição de leitores, a partir do que já conheciam a respeito do assunto, buscassem recursos para dar significado àquele texto, tentando antecipar o que ainda não conseguiam decifrar.
Os registros abaixo são recortes dos relatórios das professoras enviados para as formadoras que ilustra um pouco de como foi o movimento.

Professora Irene  - Iniciei a aula retomando a lista de brinquedos, este registrado
em um cartaz. Pedi que eles localizassem no cartaz de lista de brinquedos preferidos

o nome previamente escolhido por mim. Esta atividade foi trabalhada coletivamente.  Perguntei durante a atividade como eles conseguiram achar e a maioria me disse que era pela letra inicial e pela sua terminação.  No coletivo percebi que muitos puderam traçar seus conhecimentos sobre o que estava escrito e ajudar os que ainda não apoiavam-se nas letras iniciais e finais.  Percebi que o mais importante nessa atividade além de agirem como leitores foi a utilização das estratégias de leitura  para descobrir o que estava escrito.







 Já  a professora Sônia  comentou -  quando pedi que meus alunos olhassem para lista de frutas e localizassem uma fruta dita por mim fiquei muito feliz porque eles  corresponderam ao objetivo dessa situação, foi quando  me dei conta que os alunos podem ler mesmo sem saber convencionalmente. Eu me encantei mais que eles, não por acertar a palavra que pedia, mas sim pelas ricas estratégias que utilizavam (letra inicial/final/nome do colega/ uma sílaba que conhecia...). Também suas justificativas foram importantes e contribuíram de algum modo para as crianças que ainda não usavam essas  estratégias a vencer o desafio que propus em cada situação.”





Na turma de  Raimunda os resultados também foram interessantes - apresentei uma lista de

material escolar para eles e o desafio foi que eles olhassem para a folha em dupla e dizer quais palavras estavam na lista. Em uma dupla um lindo olhar de uma aluna quando achou COLA, começou então a se descobrir como leitora, logo disse “tou lendo” com um belo sorriso estampado no rosto. Em outra, como havia trabalhado a lista de frutas, a dupla lia no lugar de BORRACHA, BANANA, quando retomei falando que a lista era de material escolar. E perguntei: O que você traz na mochila para escola? Rapidamente me falou LÁPIS, e foi direto apontando onde estava escrito, depois descobriu caderno, e só foi alegria o reconhecimento dele como leitor. Estou muito feliz com essa prática e com os resultados que tenho alcançado como meus alunos.

 


As palavras das professoras afirmam que as crianças aprendem a LER LENDO! Vale ressaltar que os professores do 1º ano foram convidados na última formação a elaboração e o desenvolvimento de sequência de lista por isso essa variação.






quarta-feira, 15 de maio de 2013





LISTA DE MATERIAL ESCOLAR



Escola Ireno Antônio Berticelli

Professoras: Malta,Elizangela,Flordenice

Público Alvo : alunos  de 1° Ano



Objetivos



Refletir sobre o sistema de escrita

Conhecer e aprender escrever o gênero textual lista.

Ler mesmo sem saber convencionalmente.



Conteúdos

Analise e Reflexão o  sistema da escrita 
Desenvolvimento

Diagnostico inicial – solicitar uma lista de 4 brinquedos preferidos. Este para saber os conhecimentos dos alunos como também  organizam uma lista.



Organizar uma roda de conversa e falar para a turma que durante uma semana  vão desenvolver atividades com lista e que no primeiro  será de material escolar para isso é necessário que decidam quais vão fazer parte da lista. Possíveis intervenções: A lista de material escolar serve para que? Onde encontramos material escolar? Tem outros tipos de lista que a gente faz? E pra que? Em que outro lugar encontramos listas? Na receita será que tem lista? De que? E na lanchonete encontramos lista? De que? São algumas perguntas para auxiliar a conversa.


Pedir  para os  alunos ditarem o nome do material escolar e escrever no cartaz  a lista. Depois de escrito solicitar que olhem para lista de nomes próprios exposto na sala de aula e falam em que a lista de material se parece com a de nomes próprios e em que elas são diferentes.



Convidar os alunos para relembrarem os nomes dos materiais  da lista feita na aula passada, em seguida solicitar que dentre os materiais  ditam os mais necessários, fazer uma nova lista, sempre procurando mostrar a organização da lista. Entregar uma folha com a lista dos materiais mais necessários e pedir, por exemplo, que eles localizem ONDE ESTÁ ESCRITO a palavra CADERNO?  Passar pelas duplas e perguntar: POR QUÊ?


Escolher 3 duplas com diferentes conhecimentos para apontar no cartaz onde esta escrito a palavra CADERNO. A situação será feita no coletivo, no momento fazer algumas intervenções, de modo que possam justificar sua escolha.



Organizar os alunos em grupo e pedir que escrevam nome 4 materiais com alfabeto móvel. Depois que a dupla decidiu como escrever a palavra APONTADOR, por exemplo. Levar para  o quadro e solicitar que escrevam no coletivo. Chamar no quadro quatro duplas para escrita. Durante o desenvolvimento fazer intervenções de modo que possam levar os alunos a compararem as escritas. Repetir a atividade no dia seguinte com outra palavra.

Solicitar que os alunos ditem os saberes de sucos e dentre eles escolham os sabores preferidos da turma. Fazer a mesmas atividades proposto no item 4,5 e 6.

Levar para sala de aula as seguintes listas:
     LISTA DE FRUTAS

     LISTA DE ANIMAIS

     LISTA DE SABORES DE SORVETE

     LISTA DE COMPRAS              

     LISTA DE CHAMADA DA TURMA


Pedir que localizem na lista de sabores de sorvete, depois a de chamada da turma. Passar pelas duplas e solicitar que justifiquem suas respostas.
 Fazer um  diagnóstico final solicitando uma lista de meus brinquedos preferidos, deixar que eles ilustram e depois colocar no painel. Ao final comparar os avanços dos alunos.         
 

domingo, 12 de maio de 2013

Projeto: Contadores de Causos Amazônicos



 Relato da professora Eulijanes Costa

O projeto “Contadores de Causos Amazônicos” foi desenvolvido na Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Professora Eva dos Santos de Oliveira, situada à rua Acácia nº 1571 setor 01, Município de Ariquemes – RO atende cercade 565 ( quinhentos e sessenta e cinco) alunos da rede regular de ensino. E para que os alunos se interessassem pelos causos que eram contados em rodas de conversa a beira das fogueiras e lampiões de antigamente, pois hoje eles se reúnem em frente aos computadores, TV, a inúmeras  tecnologias e não ouvem mais aqueles causos contados pelos avôs, pelos pais, apenas lêem sozinhos. Assim quis resgatar as histórias populares esquecidas que fazem parte da cultura Amazônica.
O projeto foi desenvolvido na turma do 2º ano “A”, composto por 26 ( vinte e seis) alunos, sendo que 15 (quinze) apresentam escrita alfabética e 11 (onze), não são alfabéticos.
Assim planejei um projeto que pudesse colocar as crianças em constante reflexão sobre a reescrita de causos e suas características, onde iriam ler causos, reescrever, revisar...
 A escolha dos causos baseou-se nas obras de Augustinho Quintino Batista, por ser um gênero que fala sobre causos da Região Norte do Brasil, pouco conhecido pelas crianças e também por retratar a história dos seringueiros, ribeirinhos que conhecem a linguagem da mata e ainda Câmara Cascudo, Silvio Romero, Padres e pessoas da comunidade. Dentre os causos amazônicos abordados pelos alunos destacam-se: A Pororoca: um causo Amazônico, A Cobra Grande, O Boi Bumbá, O Pai da Mata, A Mãe do Lago, O Caboclinho da Mata, A Onça, Os Cachorros bom de caça, Os Caçadores e outros.
Ao final do desenvolvimento do projeto percebi que muitos alunos não recuperavam a ordem dos acontecimentos da narrativa, fato evidenciado por mim no diagnóstico inicial da turma. Passaram a recuperar os fatos, sendo este, algo impreensídivel para formar contadores de causo.
Sendo assim percebi que por meio desse projeto que as crianças evoluíram tanto na linguagem escrita quanto na linguagem oral fato evidenciado a partir da linguagem escrita e nas contações de causos.
Também percebi que as situações didáticas que proporcionei aos meus alunos contribuíram para a evolução dos mesmos.