quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Alguns depoimentos das coordenadoras no último encontro de formação ADN

Pontos que consideraram marcante durante a formação do Programa ADN

Lucia “Momento em que as professoras começaram a dar depoimentos sobre a assimilação das atividades de cálculo mental, foi algo marcante. Em um dos encontros uma professora me disse que depois que deu oportunidade para os alunos exporem suas estratégias de cálculos percebeu um maior rendimento de seus alunos. Esta, uma professora que não aceitava muito a formação, mas a prova que tive de sua mudança foi o material que os alunos dela expuseram na feira de ciência”

Sirelne – “No primeiro encontro estava nervosa, mas após concluir fiquei muito feliz, penso que o encaminhamento da primeira pauta contribuiu para chamá-los para essa formação.”

Flávia
– “Marcante para mim, foi ouvir um depoimento de uma professora que não gostava muito de matemática. Ela apresentou o seguinte cálculo ao aluno 26+4 para seus alunos. E um aluno de 1º ano que pouco gostava e participava das aulas de matemática apresentou a seguinte estratégia do 26 tiro 6 ajunto 6 +4= 10, pego o 10 e 20 dá 30. A professora nos disse na formação que este aluno tem um interesse maior pela matemática. O que se deu pela oportunidade de deixá-lo registrar suas ideias em uma cartaz e apresentar como compreendeu o cálculo para os outros colegas. Outro ponto marcante foi o primeiro encontro de formação, a estratégia utilizada no encontro de registrar no cartaz as estratégias de cálculos proporcionou uma boa aprendizagem e também atraiu as professoras para as formações”

Dulce e Nelcilene – “Quando duas professoras deram depoimentos nas formações sobre os resultados dos alunos após desenvolverem atividades de cálculo mental. Um trabalho de estimativa de cálculos que desenvolveram em sala de aula.”

Ellen E Rejane - “Foi conseguir com que nossas professoras percebessem que suas sequências didáticas elaborados em um dos encontros de formação por elas não passavam de um conjunto de atividades. O 6º encontro teve muita polêmica, mas a reflexão sobre suas próprias sequências com ajuda do texto “Excertos...” avançou na compreensão melhor sobre a sequência didática.”

Alzeneide – “Marcante foi descobrir junto com as professoras a importância do trabalho com o cálculo mental em sala de aula”

Gisele – “A atividade do primeiro encontro quando os professores se envolveram em explicar suas estratégias de cálculo. Foi o encontro que ganhei simpatizante para as formações. A questão de expor a comparação das estratégias de cálculos e terem vivenciado a situação de resolver os cálculos sem caneta ou lápis depois como passar no cartaz permitiu que os professores definissem o conceito de cálculo mental.”

Joana – “Ouvir o relato sincero de uma professora que trabalha quase 20 anos com matemática que está aprendendo muito com está formação.”

Lisandra – “Momento marcante para mim foi quando houve em um dos encontros (3º encontro) o relato de uma professora sobre a dificuldade de aceitar esta proposta do conteúdo cálculo mental. Ao observar durante o planejamento das colegas que sua metodologia estava diferente e não dando muito resultado com os alunos, me procurou pediu desculpas pelo seu comportamento e solicitou que voltasse alguns assuntos dos encontros com ela, a partir de então sua concepção vem sendo modificada. Marcante não foi o pedido de desculpas, mas sim dela sentir a necessidade de avançar em relação a compreender o conteúdo e procurar renovar sua prática em sala de aula.”

Nilza – “A primeira formação a expectativa dos professores não eram boas quanto à formação ADN, mas pós puderam refletir sobre a importância de trabalhar com seus alunos esse conteúdo. Foi o que evidenciei no final do encontro, no momento da avaliação, isso foi muito bom, tranquiliza o coordenador porque era início da formação do ADN.”

Geisa –“ Marcante foi quando o professor Cleiton do 5º ano, falou que ele já trabalhava daquela forma, pois aprendeu com seu pai a fazer cálculo mental, e agora com a formação estava aprimorando seus conhecimentos e organizando melhor as ideias.”

Luciene
– “Foi um relato de uma professora,resistente, que depois de realizar o diagnóstico dos cálculos fáceis ou difíceis percebeu que se torna mais fácil organizar as atividades.”

Concluímos que despertamos algumas aprendizagens, muitos reconhecem que o trabalho com o cálculo mental e estimativa amplia possibilidade de desenvolvimento de habilidades fundamentais na formação do aluno na escola, já sabem que o trabalho com cálculo não é limitar a simples técnicas de cálculos ou de um conjunto de regras, sim deve ser fruto de descobertas pessoais de cálculos, da troca de ideias entre os alunos para que eles sintam a necessidade de calcular mentalmente e estimar.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Reflexões sobre a rotina do coordenador

Visitas de Supervisão
Trecho retirado da 1ª Síntese de supervisão deste ano

São muitos desdobramentos em uma supervisão a perpetrar, foram às conclusões que chegamos após realizá-las. A pauta deste encontro ficou grande demais, portanto lentíssima, porém com fortes reflexões.
O assunto mais uma vez foi à rotina do coordenador e professor.
Eis uma tarefa primordial para nós como formadoras locais é fazer a frente para a busca da tão sonhada desmistificação do coordenador como apagador de incêndios.Temos que cuidar agora. Se não o fizer como formador e cumprir bem seu papel daqui mais alguns anos, cadê o coordenador?

O encanto depende de o próprio legitimar-se como formador e desgarrar de ações que a outro pertence. Os desafios são gigantescos! Não tem mais como rolar com a barriga, agora temos que sair da sinuca de bico, já que estamos a algum tempo mergulhando na reflexão sobre suas ações. Chegou à hora de deixar de fazer tudo de uma vez, de colocar ações que mal cabem no seu dia a dia, todo mundo sabe que é impossível. A proposta continua sendo a de mobilizar o coordenador, nosso parceiro, buscar analisar aspectos teóricos e práticos que permitam uma reflexão produtiva e transformadora, que seja significativa na formação de seus professores.

É rapadura é doce mais não é mole não.

É certo ditado! Separarmos para pensar já estamos desde que iniciamos as formações discutindo sobre a rotina do coordenador, como o doce da rapadura às vezes são os encantamentos ao se deliciar com algumas conquistas que ajudam o coordenador sair do lugar. Por outro lado não é mole não, para ele!Construir novas práticas, articuladas com ações que podem de certa forma trazer desconforto para os que estão nesse processo de formação, que ainda não se adentraram sobre importância de ter uma aula observada pelo seu coordenador de que ele é parceiro não fiscalizador de seu trabalho.

Não queremos um faz de conta de rotina. E muitos menos criar um único modelo de rotina como muitos solicitaram nesta supervisão, a elaboração da rotina se inicia pelo planejamento de suas ações que verdadeiramente os competem e quais os propósitos se tem para cada uma. As mudanças começam por dentro de si mesmo as quais vão se destacando no interior da escola e tomando um lugar mais alto do pódio, e assim aos poucos o “bombeiro” vai se transformando em belo um estudioso sobre como os professores ensinam e como as crianças aprendem .

Enfim, queremos que suas ações estejam ali vivamente no dia a dia escolar com intencionalidades voltadas para qualificação permanente dos professores que ela não se transforma num mero documento escrito para um cumprimento uma tarefa direcionada pelas formadoras locais.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A importância da Leitura Feita pelo Professor para formação de leitor

Marquesilvia Evangelista C.Costa - Relato da coordenadora Escola Pedro Louback

Talita começou a estudar os dois primeiros anos na Escola Chapeuzinho Vermelho, lá a professora tinha o costume de fazer a leitura em voz alta. No 3º ano passou estudar na escola Eva dos Santos onde os professores também têm o hábito de fazer leituras diariamente. Esta prática despertou em minha filha o interesse pela leitura, pelos variados gêneros textuais. Sempre compro livros para ela de presente, livros mais grossos outros nem tanto, alguns infantis outros infantojuvenil. Gosta de ler para o irmão menor de cinco anos, todos os dias seu irmão menor pede; “Ita lê uma historia para mim’’.

Hoje, ela estuda em uma escola que não pertence a nossa rede, onde pouco se faz leitura para os alunos, percebo que a professora pensa que só incentivando, dizendo pra eles que devem ler muitos livros é o suficiente para formar leitores, sinceramente como mãe e professora que sou entendo que as duas primeiras escolas citadas ensinaram para Talita a paixão pela leitura e de brinde comportamentos de leitor, comportamentos esses que ela tem ensinado para o irmãozinho menor todos os dias quando lê para ele.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Momentos do último encontro de formaçao Além das Letras


Este ano discutimos sobre o processo de leitura e escrita pelo aluno. Estudamos muito, já refletimos tanto sobre este conteúdo e cada vez mais descobrimos que ainda há muito que aprender.
Durante essa trajetória refletimos sobre:
• Análise das hipóteses de escritas das crianças
• As concepções das crianças a respeito do sistema de escrita
• O que sabem os alunos sobre a leitura e a escrita?
• Construção da leitura e escrita das crianças
• Leitura e escrita pelo aluno na alfabetização;
• Análise de planejamentos de atividades na alfabetização inicial;
• Diagnóstico confiável.

Aprendemos quanto é importante o cuidado no modo como convidamos as crianças a aproximar da leitura e da escrita, da importância do professor ser mediador entre a criança e a escrita entre o sujeito e objeto de conhecimento. Essas aprendizagens resultaram em algumas conquistas como:

Sobre o conteúdo:
• No planejamento do diagnóstico. (palavras escolhida, ordem das palavras, grupo semântico)
• Olhar diferente para realização do diagnóstico, não só como foco de avaliar.
• Postura de alguns cps sobre a realização do diagnóstico.
• Professor mais independente na análise de escritas das crianças.
• Transposição do conhecimento teórico para prática por parte de alguns professores.
• Melhor compreensão sobre as características das hipóteses de escritas dos alunos.
• Muitos compreendem que a hipótese a menos não favorece boas situações de aprendizagens para os alunos.

Sobre a formação:
• Embora muitos tem 3 ou 4 formações para realizar a maioria já está em fase de conclusão dos encontros de formação na escola.
• Pautas enviadas com antecedências aos encontros de formação com os professores.
• Maior frequência de envio de relatórios por parte dos coordenadores.
• Formação permanente em 18 escolas das 23. As outras 5 escolas acontecem as formações, porém não em tempo hábil.
• A utilização de estratégia formativa tematização da prática como ferramenta que ajuda a repensar a prática com os professores.
• 100% das escolas realizaram a filmagem para tematizar a prática do professor.
• Abertura por parte dos coordenadores e professores para ser foco na filmagem da prática.
• Cp mais parceiro do professor no momento de planejamento.

Alguns relatos que comprovam os dados supracitados:

“Comecei a ver resultado na ação de meus professores a partir do momento que tornei a análise dos diagnósticos importante na minha ação. Antes quem fazia o diagnóstico era eu, agora faço um papel diferente, um papel de analista das escritas das crianças junto com os professores. Sentar com ele e analisar as escritas dos alunos, levaram-nos a compreensão de saber o que as crianças pensam sobre a escrita e quanto é importante ter conhecimento teórico. Agora vejo eles colocando os conhecimentos teóricos na prática quando analisam as escritas dos alunos, não ficam mais só na marcação de hipótese e sim de entendimento sobre o que os alunos pensam ficam mais só na marcação de hipótese e sim de entendimento sobre o que os alunos pensam” Lucia

A tematização da prática tem sido uma ação importante na minha escola, só ainda não dou conta de fazer com todas as professoras. O que ainda é angustiante para mim, pois as que eu não faço me cobram, por estar só eu na coordenação não dou conta ainda de me organizar para atender todas” Nilda.

“ Analisar junto com os professores as escritas dos alunos, tem sido uma ação importante, é visto hoje na minha escola, que as professoras têm mais segurança em explicar para os pais os avanços das crianças. Principalmente o avanço na própria hipótese, pré-silábico, por exemplo, elas falam com mais propriedades o que os alunos sabem” Flávia

domingo, 27 de novembro de 2011

COMO FOI A TEMATIZAÇÃO DA PRÁTICA COM A COORDENADORA FLAVIA

COORDENADORA: FLAVIA ROBERTA ZAGO
PROFESSORA: Malvina
1ºANO A


FOCO DA ANÁLISE DA COORDENADORA: Intervenção da professora

CONVERSA ENTRE A FORMADORA LOCAL E COORDENADORA

Avanços apontados na prática da professora no momento da tematização:
• Escolheu palavras pertencente ao um grupo semântico .
• Começou da palavra maior polissílabo para monossílaba palavra menor.
• Solicitou a leitura após a escrita da criança.
• Não silabou as palavras.
• Classificou a criança na hipótese correta.

Desafios a apontar durante a conversa com a professora

• Considerar o pensamento da criança, algumas perguntas faz a criança entender que a sua escrita está incorreta simplesmente, o que a leva a escrever aleatoriamente sem que a faça repensar sobre sua escrita.
• Refletir com a professora o porquê a professora solicitou a leitura de todas as palavras ao final do diagnóstico mesmo que a criança já havia feito a leitura no decorrer de cada palavra escrita. E com Isso chegamos ao seguinte questionamento: Porque Kaique não conseguiu ler as palavras quando a professora solicitou a leitura de todas as palavras após escrever a ultima palavra?

Devolutiva com a professora

A devolutiva com a professora Malvina iniciou-se como meu agradecimento a ela pela oportunidade de permitir gravar situação da realização do diagnóstico com o aluno Kaique Bispo e pela abertura que estava dando a fazer a devolutiva. Em seguida coloquei o vídeo pra que assistíssemos.

Para iniciar a conversa perguntei após assistirmos ao vídeo se ela faria algo de diferente após assistir sua prática, uma vez que após a filmagem já passamos por alguns momentos de estudos nas formações e que talvez tenha ampliado seu conhecimentos sobre a leitura e escrita pelo aluno.
A professora foi logo dizendo:
• Que poderia pedir para a criança ir grafando a escrita logo no momento da leitura.
• E que faria o diagnóstico de forma mais solta para a criança ficar mais a vontade e não tão travado.

Com o foco de fazê-la refletir sobre suas intervenções, embora as situações acima também poderia estar em discussão, optei por problematizar a intervenção e para reflexão perguntei - Porque pediu para que o aluno escrevesse a palavra QUEIJO várias vezes? Quando perguntou ao aluno você tem certeza por diversas vezes o que leva a ele a pensar?
A professora Malvina falou – “Poxa é verdade eu pedi para escrever várias vezes nem percebi isso, quando pedia ele deveria estar pensando que algumas coisa estava errado, mas não sabi o que.Fiz muitas perguntas que na verdade que deixou ele na dúvida sobre sua escrita de certa forma induzi kaique a escrever do jeito que eu achava melhor”. Aproveitei e comentei que a intervenção deve ser feita para fazer a criança repensar sobre sua escrita, e da forma como fez as intervenções mesmo que inconsciente acabou induzindo a criança a aumentar a quantidade de letras isso até interfere sobre o pensamento que a criança tem sobre a escrita. Conversei que neste momento é preciso deixar a criança refletir sobre o que escreveu não com perguntas por diversas vezes (você tem certeza? Você tem certeza?...) assim leva o aluno a mudar sua escrita simplesmente para agradar o que a professora quer, não colocando realmente suas ideias sobre a escrita, as duas situações deixava o aluno a pensar que alguma coisa não estava certa.

Como fazer a partir de agora?

Ela respondeu – “ vou evitar esse tipo de pergunta por diversas vezes em que força o aluno a escrever o que eu desejo não expressa o conhecimento que realmente tem, assistindo ao vídeo vi que influenciei no acerto ou no erro do aluno. Fazendo o diagnóstico nem percebi isso.”

Quais seriam a melhores intervenções em sua opinião?

A professora disse “a melhor intervenção é a que ajuda a criança a pensar sobre o que escreveu, não aquela dá resposta e nem deixar em dúvida”. Depois a professora deu risada e disse que não foi muito bom o diagnóstico. Disse a ela que vamos aprendendo com nossa prática e que estava de parabéns, pois percebeu muita coisa e que através da tematização é que conseguimos um resultado tão positivo. Ela concordou e falou que de início ficou apreensiva em ser filmada, mas viu como é bom ver a sua prática. Agradeci pela oportunidade e parabenizei pelo trabalho que vem realizando.

Devolutiva com a formadora Claudiene

A devolutiva com a formadora Claudiene foi muito importante para esse trabalho. Apontamos os pontos positivos e pontos a serem melhorados na prática da professora Malvina. Depois de conversarmos decidimos que as intervenções da professora seria o foco de discussão com ela. Concordei porque realmente a professora induziu o aluno a escrever da maneira que ela achava que era correta. A formadora ainda alertou que ao conversar com a professora era preciso iniciar falando dos pontos positivos e isso me ajudou muito a fazer uma lista dos avanços que a professora alcançou e logo após falar dos pontos que precisavam ser melhorados. Essa devolutiva me ajudou a perceber que análise da prática através de vídeo é melhor jeito de dar um novo contexto a prática da professora.
Na próxima conversa vamos tratar porque Kaique não conseguiu ler as palavras quando a professora solicitou a leitura de todas as palavras após escrever a última palavra? Isso tem haver com a hipótese em que ele se estava e com a concepção da professora, mas ficou para próxima análise, penso que é preciso ir com calma quando se tematiza uma prática.