segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

SEQUÊNCIA DIDÁTICA - Reescrevendo Notícias

Escola Chapeuzinho Vermelho

Gênero textual: notícia
Objetivos:
1.Conhecer a estrutura do gênero notícia;
2.Estabelecer relação do conteúdo da notícia com outros textos lidos;
3.Compreender e posicionar criticamente diante da notícia;
4.Revisar os textos coletivamente e em dupla.
5.Aproximar as crianças da linguagem escrita através da reescrita do gênero notícias coletivamente e em dupla.

Conteúdos:
1.Comportamento escritor
2.Reescrita de notícia

Público alvo: alunos do 1º ano
Tempo estimado: 1 mês
Possíveis destinatários: Alunos da turma
Produto final: As produções serão colocadas no mural da sala.
1ª etapa
1. Apresentação da sequência aos alunos e levantamento dos conhecimentos prévios sobre o gênero notícia.
2. Verificar se os alunos já tiveram contato com este portador de texto, levantar dados como: Se na turma tem alguma família que possui assinatura de jornal.Se já manusearam algum jornal.Se a turma conhece jornais da cidade. Quais? Manuseio de jornais e leitura feita pela professora de notícias.
4. Distribuição de jornais do Estado e do Município de Ariquemes, em dupla para as crianças observarem a data e o nome do jornal.
5. O professor também vai focar as características do gênero notícia.
2ª etapa

1.Roda de conversa sobre o gênero notícia.
2.Conversa informal sobre as notícias que os mesmos pesquisaram, perguntar como começa uma notícia, as diferenças entre contos, fábulas e notícia.
3.Logo após está conversa formar as crianças em dupla e solicitar que cada uma escolha uma notícia para ler, em seguida comentar com os colegas sobre o que leram, verificando as características do gênero.

3ª etapa
1.Leitura da notícia “LEILÃO DEREITO DE VIVER” retirado do site Ariquemes RO em seguida discutir as características do texto, como iniciou, sobre o que estava referindo o autor.
2.Reescrita coletiva de notícia de jornal ( professor como escriba ). Antes da escrita coletiva proporcionar uma conversa sobre o conteúdo da reescrita que trata-se da notícia sobre a eleição do novo Governador.
3.Revisão da reescrita coletiva.


4ª etapa

1. Reescrita em dupla sobre outra notícia.
2.Revisão da reescrita em dupla feita pelos alunos depois que passar a limpo montar o mural para ficar exposto na sala.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA LEITURA E REESCRITA DE LENDAS

Público alvo: 1º e 2º Anos – Escola Professor Levi Alves de Freitas
Obejetivo: Ler e reescrever lendas
1ª Etapa – Roda de conversa para saber o que as crianças sabem sobre o gênero lenda

2ª Etapa – Leitura de diversas lendas para familiarização do genêro.
3ª Etapa – Reescrita de algumas lendas escolhidas pelas crinaças tendo professor como escriba.
4ª Etapa – Revisão coletiva do texto reescrito coletivamente depois escrever em um cartaz para ser exposto para comunidade.
5ª Etapa – Exposição dos textos para comunidade escolar

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

PROJETO - ESCOLA MULTISSERIADA


Estrada que vai para Escola Florestan Fernandes


OBJETIVO GERAL
Desenvolver nos educandos postura e comportamentos de leitor e escritor, considerando as funções comunicativas dos gêneros textuais: contos, fábulas e poesias, bem como, os elementos essenciais que estruturam esses tipos de gêneros.

Objetivos Específicos:
• Realizar levantamento diagnóstico para saber o que os alunos já dominam sobre contos, fábulas e poesias;
• Distribuir responsabilidade e compromisso a todos envolvidos no projeto;
• Selecionar portadores de textos que contemplem os gêneros: fábulas, contos e poesias;
• Planejar momentos de leituras juntamente com os alunos, contemplando os gêneros: contos, fábulas e poesias;
• Ler, citar e declamar poesias;
• Buscar parcerias com a comunidade para resgatar contos tradicionais e fábulas;
• Problematizar situações ditadas pelos alunos em textos coletivos, enfatizando a textualização;
• Produzir textos orais e escritos enfatizando os gêneros citados;
• Enfatizar nos educandos a postura e comportamentos de leitor e escritor;
• Produzir textos, individuais, em duplas e coletivos;
• Revisar os textos, considerando a função comunicativa, os elementos de estrutura de cada gênero, as questões gramaticais e ortográficas e aguçar o comportamento de escritor nos educandos;
• Produzir um livro coletivo portador de três gêneros fábulas, contos e poesias.



PÚBLICO ALVO 42 Alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental de três classes Multisseriadas localizadas na área rural do município de Ariquemes – RO
JUSTIFICATIVA

Esse projeto pedagógico intitulado “Ler para Produzir” na forma pela qual está sendo concebido, pretende ser implementado nas classes Multisseriadas rurais: Florestan Fernandes, Nova Vida e Sílvio Rodrigues. Tem como objetivo principal desenvolver nos educandos postura e comportamentos de leitores e escritores, considerando as funções comunicativas dos gêneros textuais: contos, fábulas e poesias, bem como, os elementos essenciais que estruturam e caracterizam esses tipos de gêneros.
Sabe-se que uma das grandes dificuldades que os educadores encontram na atualidade está relacionado a produção de texto, nesse contexto, a escola como instituição responsável em proporcionar, organizar e sistematizar a produção dos saberes precisa implantar metodologias inovadoras, concedendo aos educandos o direito de aprender a aprender, introduzindo-os no mundo das práticas sociais da leitura e escrita. De acordo com (KATIA LOMBA) “Qualquer manifestação verbal organiza-se, inevitavelmente, em algum gênero do discurso, de uma conversa de bar a uma tese de doutorado, que tenha sido produzida em linguagem oral ou linguagem escrita”. Nesse sentido vale ressaltar a relevância de planejar ações educativas que desenvolvam nos educandos a capacidade de apropriar-se das práticas sociais de leitura e escrita.
Partindo do pressuposto que para aprender é necessário que o aprendiz interaja com o objeto de estudo, com esse projeto pretende-se alicerçar em condições didáticas, material de apoio, e metodologia inovadora para essa interação. O aluno como sujeito da sua própria aprendizagem precisa crescer na perspectiva que se escreve com funções distintas, conhecer a função comunicativa que cada gênero traz considera-se de grande relevância para o aprendiz escritor e é nesse contexto que esse projeto busca estabelecer seus objetivos.
Sabe-se que nas práticas tradicionais de produção de textos a escola muda esse entendimento como aponta (VAL, 2005 p. 55). “...na escola, inverte-se essa lógica: o aluno não escreve para ser lido, mas para ser corrigido. A lógica escolar elimina, desse modo, a atitude responsiva ativa, pois o aluno sabe de antemão que nada ou muito pouco pode esperar como resposta afetiva ao que produz.” Nesse contexto ressalta-se a necessidade de resgatar a verdadeira função da escrita, que é a comunicativa, de forma alguma questiona-se a aqui necessidade de revisar os textos produzidos na escola pelos alunos, mas pelo contrário, essa deverá ser feita mas não como objetivo principal.
A reflexão feita por Val ( 2005, p.54) vem ao encontro do que se pretende nesse projeto:
Pensar no ensino de produção de texto requer pensar, em primeiro lugar, que um texto produzido por um aprendiz manifesta-se como produto de um sujeito que, a seu modo, através das diversas possibilidades e formas de linguagem, busca estabelecer um determinado tipo de relação com o seu interlocutor.

De acordo com essa citação entende-se que a função principal da produção dos textos na escola, a que deve ser mais evidenciada, é a função comunicativa, ou melhor, que essa deve ter um olhar diferenciado, as questões ortográficas gramaticais deverão existir, mas não como o objetivo principal. Diante do supracitado justifica-se a relevância da implementação desse projeto.


ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA: Realização de uma conversa informal com os alunos para levantamento dos conhecimentos prévios que eles têm sobre os gêneros: contos, fábulas e poesias. Nesse diagnóstico cada professora deverá observar, se possível, fazer anotações sobre os conhecimentos que caracterizam cada gênero que os alunos já possuem. Será relevante as anotações, pois elas ajudarão as professoras a planejarem suas ações. Ainda nessa etapa as professoras deverão compartilhar com os alunos o que se pretende realizar, falar do projeto, incentivá-los a assumir responsabilidades e compromisso com a atividade. Traçar metas para a realização.

2º ETAPA: Nessa etapa contempla a seleção dos portadores dos gêneros textuais: contos, lendas e fábulas, poderão ser feito empréstimo de outras escolas, até mesmo da biblioteca municipal, da biblioteca da escola Mafalda Rodrigues e das escolas que estão inseridas no projeto.

3ª ETAPA: Nessa etapa desenvolverá leituras dos gêneros citados acima. As professoras criarão várias estratégias de leituras tais como: roda de leitura, leitura individual, leitura coletiva, leitura em dupla, leitura para recitar, (no caso poesias), Leitura inicial em voz alta. Poderão também contar com a ajuda da comunidade pesquisando pessoas da comunidade que saiba de algum conto e levá-los até a escola para contar aos alunos. Nessa atividade as professoras não poderão perder o foco do projeto que seria evidenciar os elementos textuais que caracterizam os gêneros,

4ª ETAPA: Nesse momento as professoras poderão iniciar o trabalho de produção de textos. Uma boa estratégia seria trabalhar a reescrita coletiva, com objetivo de aprimorar o comportamento de escritor as características de cada gênero, a textualização, a revisão, em fim todo o procedimento que deverá ser tomado na produção textual. Poderá ser trabalhada a produção individual, coletiva e em duplas. Os alunos nessa etapa já conhecem o projeto, já sabem para quem estão produzindo, sabe o objetivo do projeto. Nessa etapa a professora deve cobrar responsabilidade, capricho, comportamento de escritor, pois os textos serão colecionados e selecionados para produzir o livro.

5ª ETAPA: Nessa etapa será realizada uma nova revisão dos textos, poderá ser usada estratégias variadas, leituras para todos ouvirem, mas com um ouvir crítico, troca de textos para fazer leituras, divulgação dos textos. As professoras poderão orientar os alunos, questionando os elementos coesivos, a textualização a ortografia e outros.

6ª ETAPA: Nessa etapa será a produção do livro, discutir a forma que será organizado, o modelo da capa, a dedicatória, a forma de apresentá-lo etc.

AVALIAÇÃO

A avaliação do projeto será feita durante o processo, acompanhando as etapas de implementação. No final do projeto professoras e coordenação pedagógica reunirão para fazer a avaliação final, destacando as potencialidades e fragilidades do projeto.
Texto produzido pelas crianças de 4° Ano


Livros, revistas, comunidade, papel, caneta, quadro ,giz, lápis de cor, borracha.

REFERENCIAL
Val, Maria das Graças Costa. Reflexões sobre prática escolares de produção de textos – o sujeito-autor / organizado por Maria das Graças Costa Val e Gladys Rocha. Belo Horizonte: Autentica/CEALE/FaF/UFMG, 2005.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

II ENCONTRÃO DE ALFABETIZADORES



O evento foi realizado no dia 14 de dezembro tendo como objetivo de reunir os coordenadores e professores de 1º e 2º ano para compartilhar as experiências desenvolvidas através de projetos didáticos, sequência didática e atividades permanentes nas escolas.
O momento foi bem significativo, além das apresentações dos professores sobre as modalidades organziativas do tempo didático contamos com uma dinâmica bem interessante nos intervalos das apresentações, algumas escolas trouxeramprofessores para realizarem a leitura em voz alta para o grupo presente, também contamos alguns contadores de histórias, apresentação de fantoches e para iluminar nosso espetáculo, algumas crianças vieram para o evento apresentar o que aprenderam em relação a leitura e a escrita, através do projeto didático desenvolvido em suas escolas.

Este ano as escolas desenvolveram muitos projetos didáticos:
• Leitura e reescrita de contos de fadas;
• Ler e reescrever lendas;
• Projeto livro aberto;
• Meu ipê florido;
• Bolsinha mágica;
• Vida ribeirinha;
• Contos que encantam;
• Receita culinária;
• Projeto pombo correio;
• Cantigas de roda;
• Aprendendo a culinária;
• Projeto reescrita e revisão de contos;
• Lendo e construindo história em quadrinhos;
• Projeto meu dicionário;
• Gêneros textuais do folclore brasileiro;
• Projeto de leitura e reescrita da história “O trenzinho do Nicolau”
• Projeto ler para produzir;
Refletimos muito, os avanços foram significativos, que nos permite a pensar que o ideal está por vir.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Reescrita

A reescrita é uma excelente situação de aprendizagem, pois as crianças vão compreendendo e adentrando a organização da linguagem escrita. Para essa proposta é importante saber quais gênero escolher. Existem os que permitem à criança a maior possibilidade de refletir sobre a linguagem que se escreve exemplos: contos, fábulas, lendas, notícias... pois terão como desafio para produção textual pensar na sequência dos acontecimentos, na linguagem escrita, no contexto comunicativo.

Para esta proposta, a figura do professor é muito importante, pois, ele precisa organizar o ensino e centrar esforços através de elaboração de propostas coerentes para que os alunos possam produzir textos mais interativos, cabe a ele, promover a interação dos alunos com textos de variados gêneros, de início essa participação pode se dá por meios de leituras, feita pelos professores, assim serão incentivadas a acionar suas experiências e conhecimentos em suas produções textuais.
Vejamos o percurso de Fabíola aluna do 1º Ano:


Dessa forma podemos constatar que a reescrita é uma proposta que mais aproxima a criança da lingaguem que se escreve, pois o que está em jogo não é a reflexão nem aquisição do sistema de escrita e sim o que se sabe sobre os textos.

PROJETO CONTOS QUE ENCANTAM


Professora: Flavia do 1º ano “D”
Quem não se lembra, quando menino a professora pedia para escrever uma redação, geralmente ela determinava um tema só dava uma figura já mimeografada para turma. Eu me lembro que não gostava de escrever, pois meu texto sempre voltava cheio de rabiscos vermelhos.
Durante quatro anos também ensinei meus alunos a fazerem textos assim e corrigia assim. Mas, com a formação do Além das Letras tive a oportunidade de conhecer outras maneiras e formas bem mais prazerosas e produtivas de trabalhar com um gênero textual, para que o aluno conheça suas características, e através dos meus procedimentos eles possam manisfestar comportamento de leitores e escritores.
Este ano optamos em trabalhar os contos de fadas. Primeiro fizemos uma sondagem para verificar quais as histórias que eles já conheciam e o que era conto de fadas.
Depois foi feita uma votação para escolha de algumas histórias, a partir daí lia diariamente contos para eles. Fizemos muitas atividades como: acrósticos, listas e desenhos personagens. No projeto Contos que encantam trabalhei o bilhete, o que necessitou que as crianças escrevessem bilhetes para os personagens como, por exemplo, o Pinóquio pedindo para não mentir para Gepeto seu pai e cinderela, recebemos um bilhete de seu príncipe.
Eu particularmente adorei trabalhar dessa maneira, pois assim, o aluno tem embasamento e conhecimento sobre o gênero e ele sente seguro para escrever, quando propus a reescrita da historia observei que os alunos conheciam a estrutura do gênero o que facilitou a reescrita. No momento da revisão textual foi l foi muito vantajoso, pois eles perceberam seus erros e melhoraram seus textos.

Durante o projeto desenvolvemos teatro de fantoche, confecção de máscaras de personagens, músicas, onde foi apresentado na escola, para alunos, pais e comunidade com uma tarde do autografo. Onde os alunos dedicaram o livro confeccionado durante o projeto para seus pais. Assim vai se formando novos escritores.

Professora: GISELE do 1º ano B

O projeto “Contos que Encantam” foi um trabalho que proporcionou um grande incentivo aos alunos pela maneira inovadora de diversificar as nossas experiências e sociabilidade com os colegas, possibilitando o enriquecimento pessoal de cada um.
É gratificante observar o aluno construindo seu conhecimento, aprendendo a aprender de uma forma imaginaria com os contos de fadas.
No início foi difícil, pois sempre achei complicado crianças do 1º ano produzir um texto de qualidade. Mas aos poucos fui percebendo que na hora do conto todos ficavam ouvindo a historia com atenção. Na hora do reconto um queria contar a história mais do que o outro. Observei que a interação dos alunos, todos se preocupavam em não se esquecer de nem um detalhe.
Depois desenvolvi várias atividades baseando-se nos “contos”, na primeira etapa foram estudadas a característica do gênero, realizando muita leitura de várias histórias conhecidas pelo grupo.
Com esse projeto conquistei alguns objetivos como por exemplo: hoje as crianças já contam, recontam e reescrevem histórias até mesmo as que não escrevem convencionalmente.
No decorrer desse projeto, via a empolgação das crianças quando chegava a hora do “conto”. Foi um grande avanço, porém crianças que iniciaram escrevendo textos pequenos e outros não, aos poucos foram conseguindo enriquecer suas produções.
Apesar de algumas falhas e erros, os alunos começaram a ler e escrever textos criativos e coerentes, que para mim foi maravilhosa e muito satisfatória.
E tudo isso chegou a um produto final que é a prova viva desse trabalho, onde confeccionaram um livro de “contos de fadas”.
Gostei desta experiência deixando alguns pontos relevantes como: o envolvimento de professor e aluno, atividade em grupo, aprendizagem envolvendo leitura e escrita, trabalhos confeccionados pelos próprios alunos, criatividade, sem esquecer-se da nobre ajudo da equipe gestora para tudo isso se realizar com sucesso.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Reescrita e Reescrever

Coordenador Vicente de Paulo


O sétimo e oitavo encontro do Programa de formação continuada Além das Letras abordou um conteúdo muito interessante para ser discutido e trabalhado nas escolas, a REESCRITA. O conteúdo tem sido ultimamente muito falado, positivamente por professares e coordenadores das escolas municipais de Ariquemes por ter dado muito certo a sua prática nas escolas que aderiram à proposta de trabalho.
No processo de construção do conhecimento do ser humano o objeto de estudo precisa ser “digerido”. Assim como na alimentação, o alimento passa por diversas etapas para atingir as células do organismo e transformar em energia vital, o conhecimento da mesma forma, precisa desestabilizar o nosso conceito que temos de algo e ressiguinificá-lo, transformando-o em um novo conhecimento, fazendo assim parte do nosso aprendizado. Depois que acontecer todo esse processo conosco que passamos a utilizar o conhecimento construído na nossa prática cotidiana.
Quando foi abordada a reescrita no curso, a primeira impressão que veio a tona foi que a reescrita é um processo de escrever de novo, entendendo-a como o procedimento de reescrever. Essa forma equivocada de conceitualizar a reescrita ficou muito evidente quando em um encontro de formação uma professora comparou a reescrita com uma frase de Guimarães Rosa dizendo: “A reescrita é igual à lavadeira que lava roupa no rio molha, esfrega, enxágua até a roupa ficar pronta para por no varal”. Veja que essa comparação está mais associada ao processo de reescrever ou seja de comportamento de escritor e não a proposta de reescrita. Reescrever seria escrever um texto novamente, passando-o a limpo, fazendo correções necessárias até que o texto fique pronto, que é diferente da reescrita como uma atividade de produção de texto.
Os conceitos de reescrita e reescrever podem gerar dúvidas durante as abordagens, por serem palavras derivadas que, no entanto apresentam conceitos distintos. A reescrita é uma nova proposta de trabalho. Na reescrita o texto reescrito não é uma cópia fiel, sempre tem um texto como matriz, deverá conserva o enredo a essência do texto, mas que, no entanto também acaba sendo uma nova produção e que não deixa de utilizar o comportamento de escritor que é o reescrever na intenção de deixar o texto totalmente pronto. Na proposta da reescrita o importante não é memorizar o texto matriz, mas levar os alunos a recuperar elementos que caracteriza o determinado texto que está sendo reescrito.
O mais interessante no processo de construção do conhecimento é que após a construção de um novo conhecimento a pessoa passa a ver a realidade de uma outra forma, dessa forma o ser humano sempre se renova na busca da perfeição, ou melhor, de novos conhecimentos.
Ser aberto aos novos paradigmas é aceitar o desafio de colocar os conhecimentos construídos em jogo para crescer profissionalmente e viver a dinâmica da vida que se renova o cada segundo.